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BAR DO IÊDO

Desde a década de 1950: Conheça a história do ponto comercial mais antigo de Paranavaí

Igor Mateus / Da Redação

Bebida, sinuca, jogos de futebol e um churrasquinho aos fins de semana, essas são as opções no tradicional Bar do Iêdo, em Paranavaí. Ao que tudo indica, é o ponto comercial mais antigo da cidade ainda em atividade. A estrutura de madeira está precária, mas há resposta para isso: o estabelecimento foi erguido na década de 1950 e não teve uma grande reforma até os dias atuais. Ao longo de todos esses anos, o bar se tornou um patrimônio histórico do entretenimento paranavaiense. Nesta matéria especial, vamos relembrar a história e trazer curiosidades.

Foto: Igor Mateus

O ponto comercial, localizado na esquina da Av. Rio Grande do Norte com a Rua Souza Naves, no Centro, foi criado pelo pioneiro Durvalino Grando para funcionar um armazém de secos e molhados em 1959. Esse registro está publicado em uma matéria do Diário do Noroeste, escrita por Chicão Soares, em 12 de fevereiro de 2006. A “Casa Grando” funcionou até 1977 quando foi vendida para outro pioneiro, José Mestriner, que logo passou para seu filho, Eclair Mestriner. Este tocou o estabelecimento até o ano de 1985.

Fachada da década de 1980 com o nome “O Cruzadão”. Foto: Arquivo pessoal.

É agora que Iêdo entra nessa cronologia. Ao final daquele ano, assumiu o bar, não como proprietário de fato, paga aluguel desde então, mas se tornou um ícone na história de muitos paranavaienses.

Logo nos primeiros meses, Iêdo continuou com o armazém, porém, decidiu mudar, transformou em um bar, chamava-se “O Cruzadão”. Habilidoso, conseguiu formar extensa clientela. Servindo um churrasquinho e outros petiscos, ele fez do local um ponto de preferência de gente de todas as classes sociais. Após às 17h, era período que a movimentação de clientes aumentava, sempre foi assim. “Os clientes saiam do trabalho e paravam aqui”, comenta.

Esse auge foi até por volta de 2015. “O meu bar é raiz, para pessoas de mais idade. Então é natural que exista uma diminuição dos clientes, muitos envelheceram, foram embora ou morreram”, declara.

Atualmente, o atendimento é das 10h às 12h30 e das 16h até o horário que tiver freguês, segundo ele. Depois da pandemia, o movimento caiu consideravelmente. “Perdi muitos amigos e clientes.  Aqui tinha torneio de truco da cidade, era muito famoso, lotava. Mas como dava muita confusão, decidi parar com os jogos, isso já tem uns 15 anos”, diz.

Iêdo também lembra dos jogos de futebol que passavam na televisão do bar. “Quando tinha jogos importantes, era sempre lotado. Ainda ligo a TV e deixo passar alguns jogos, mas não é igual como antes”, relata. Ele também recorda que por duas vezes foi roubado. “Como a estrutura é muito antiga, ladrões entraram aqui duas vezes e roubaram minha televisão que ficava fixada na parede. Depois dessas infelicidades, agora eu levo a televisão todos dos dias.

Perguntado sobre até quando deseja continuar trabalhando, responde: “Não tenho pretensão de parar. Quero continuar até o momento em que Deus permitir”, afirma.

Iêdo tem um quadro pendurado na parede do estabelecimento que mostra a instalação do semáforo no final da década de 1990. Na imagem, o ex-prefeito Teruo Kato, o vereador da época Lauro Machado e um funcionário da prefeitura.

BREVE HISTÓRIA DO IÊDO

Iêdo Macial Lima nasceu em 1948 na cidade de Petrolina, Pernambuco, no nordeste brasileiro, mas foi criado no Paraná. Em 1951 a família se mudou para Maringá. Na Cidade Canção, conheceu sua atual esposa.

Está casado há 50 anos com Maria Lúcia Lins Lima, teve cinco filhos: Alessandra, Michele, Cibeli, Danieli e Iêdo (in memorian), além de seis netos.

Em 1970, entrou para a Guarda Urbana do Paraná. “Na época havia 3 mil guardas em todo o estado”, conta. Segundo ele, tratava-se de um serviço de segurança da cidade bancado pela própria sociedade.

“Eu era um dos chefes em Maringá, depois fui transferido para Paranavaí e fiquei como responsável direto da cidade”, relembra.

Em 1978 a Guarda foi extinta. “Por esse motivo, criei uma empresa privada de segurança, chamava-se Envipar (Empresa de Vigias e Guardiões Paranavaiense da Sociedade Civil)”, disse. A empresa ficou ativa até 1983.

Em seguida, de 1985 até os dias atuais, entra a história que fora contada nesta matéria.

 

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