Neste sábado, 10 de fevereiro, é comemorado o Dia do Atleta Profissional. Para mostrar os desafios e dificuldades encontrados pelas pessoas que vivem do esporte, o Diário do Noroeste conversou com o paranavaiense Arthur Lanci, um dos destaques nacional do vôlei de praia.
Se engana quem pensa que a vida de uma atleta profissional é feita apenas de vitórias, sucessos e bom retorno financeiro. Abdicar de momentos com amigos e família, treinos diários e uma vida com muitas restrições é a realidade vivida pelos esportistas, seja ele de qualquer modalidade.
“Dificuldade é ser atleta 24 horas por dia. É um desafio grande”, fala Lanci sobre a vida de um atleta profissional.
Lanci conta que saiu de Paranavaí ainda com 15 anos em busca do sonho de ser atleta, e desde então enfrenta uma das maiores dificuldades encontradas pelos esportistas: a distância dos familiares.
“Não tenho nenhuma foto de aniversário, casamento e festa com minha família desde os meus 15 anos.”
Com uma rotina baseada em treinos, acompanhamentos com nutricionista, fisiologista e psicólogo, ele relembra que rotina pesada já é enfrentada na base. O período que pode ter rotina até mais difícil, pois tem que aprender técnicas e táticas.
Arthur relembra que sua mudança da base para a categoria profissional foi aos 18 anos. Já na sua primeira partida enfrentou um dos seus ídolos no esporte – Ricardo – que fazia dupla com Emanuel.
Outros grandes desafios dos atletas são os bons resultados, fator que sempre os mantém em visibilidade e traz destaque para a carreira. E se as conquistas não chegam a possiblidades de patrocínios e apoios diminuem.
“Vôlei de praia se você não tiver resultados, não consegue sobreviver”, diz o atleta.
Enfrentando as barreiras naturais pela escolha de ser um atleta profissional, Arthur, que atualmente forma dupla com Evandro Junior, segue na busca de uma vaga para as Olímpiadas de 2024, que será disputada em Paris – França.