Dia 24 de outubro marca o Dia Mundial de Combate à Poliomielite e há mais de três décadas, o Brasil e as Américas eliminaram os casos da doença, um marco reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, enquanto o vírus ainda circula em outros países, nenhuma nação está totalmente livre de risco, especialmente onde a vacinação está abaixo da meta de 95%.
“A pólio é causada por um vírus que atinge o sistema nervoso e pode causar paralisia permanente, principalmente em crianças pequenas”, explica Dra. Luiza Helena Falleiros Arlant, médica coordenadora do Departamento de Pediatria da Universidade Metropolitana de Santos. “Graças à vacinação, conseguimos controlar a doença, mas o vírus ainda existe. Cada criança sem imunização é uma porta aberta para a reintrodução do vírus.”
No Brasil, o esquema vacinal público utiliza a vacina inativada poliomielite (VIP), aplicada aos 2, 4 e 6 meses, com reforço aos 15 meses. Na rede privada, há vacinas combinadas que também protegem contra outras doenças, como difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Em 2025, a cobertura vacinal contra a poliomielite atingiu 80% em menores de um ano, um avanço em relação à média de 75% registrada entre 2013 e 2022, mas ainda insuficiente para proteger toda a população infantil.
Mais do que uma data simbólica, o Dia Mundial de Combate à Pólio é um chamado à responsabilidade coletiva. Vacinar é um ato de proteção e de amor, essencial para manter viva a conquista de um país que já mostrou ao mundo o poder da mobilização em favor da saúde.






























