(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:
Diagnóstico precoce é determinante para aumentar chances de cura 
Foto: Camila Hampf/Hospital Pequeno Príncipe
Diagnóstico precoce é determinante para aumentar chances de cura Foto: Camila Hampf/Hospital Pequeno Príncipe

CÂNCER INFANTIL

Diagnóstico precoce aumenta chances de cura em até 80%

O câncer infantil é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Estimam-se 7.930 novos casos por ano até 2025. No entanto, quando diagnosticado precocemente, o tratamento pode alcançar índices de cura de até 80%.

Por isso, no Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, lembrado em 23 de novembro, o Hospital Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país e referência nacional no tratamento oncológico de crianças e adolescentes, chama atenção para sinais de alerta que são fundamentais para o diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo identificamos o câncer, menor é a chance de ele ter se disseminado, o que chamamos de metástase. Além disso, maiores são as chances de um tratamento eficaz e, muitas vezes, menos agressivo”, explica a oncologista Gabriela Caus, da instituição.

Os tipos mais comuns na infância – De acordo com a especialista, as leucemias são os tipos de câncer mais frequentes entre crianças, especialmente a leucemia linfoide aguda, seguida pelos linfomas e pelos tumores cerebrais, como o meduloblastoma. Também são diagnosticados tumores abdominais, como os neuroblastomas e tumores renais, além dos sarcomas, que afetam ossos e tecidos moles.

A incidência varia conforme o tipo de neoplasia. No caso da leucemia linfoide aguda — a mais comum na infância —, o pico ocorre entre 2 e 5 anos de idade.

Atenção que pode salvar vidas – Os sintomas do câncer na infância podem confundir-se com os de doenças comuns, o que torna o olhar atento dos pais, responsáveis e profissionais de saúde ainda mais essencial. Entre os sinais de alerta estão:

•           palidez ou fraqueza inexplicável;

•           perda de peso sem causa aparente;

•           dor persistente nos ossos ou membros;

•           febre prolongada e sem explicação;

•           manchas roxas, sangramentos espontâneos ou ínguas;

•           dores de cabeça frequentes com vômitos;

•           alterações visuais ou mudanças repentinas de comportamento.

“Alterações neurológicas, como dores de cabeça recorrentes ou vômitos que não melhoram, também devem ser investigadas”, destaca a oncologista.

Tratamento e cuidados – O tratamento do câncer infantil varia conforme o tipo e o estágio da doença, podendo envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea. Além disso, enquanto são tratadas, as crianças ficam imunossuprimidas, o que exige cuidados especiais com a rotina e a alimentação.

“No período de tratamento, deve-se evitar locais fechados e com aglomerações, bem como alimentos crus de procedência duvidosa, para reduzir o risco de infecções. Essas medidas são fundamentais para proteger os pacientes, que ficam mais vulneráveis nesse período”, ressalta Gabriela Caus, do Hospital Pequeno Príncipe.

Diferenças entre o câncer infantil e o adulto – Um dos principais mitos que os oncologistas pediátricos escutam nos consultórios é de que o câncer infantil é igual ao adulto, mas eles apresentam características distintas. Tumores como os de mama, pulmão e pele, comuns em faixas etárias mais avançadas, são raros em crianças. Já as leucemias e os tumores do sistema nervoso central são mais frequentes em meninos e meninas e evoluem rapidamente, exigindo tratamento imediato.

“O câncer infantil não é igual ao de adultos e não significa uma sentença de morte. Quando diagnosticado precocemente e tratado em centros especializados, as chances de cura são excelentes”, reforça Gabriela Caus.

Compartilhe: