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PALAVRA DE ESPECIALISTA

Dobradinha sorgo/milho pode estabilizar segunda safra

Diversificar a matriz de segunda safra, semeando o milho dentro de sua janela de plantio e entrando com o sorgo quando a colheita da soja (primeira safra, de verão) se atrasa e em regiões de maior risco de estresse hídrico. Esta alternativa, em sistema solteiro ou consorciado com capins (na integração lavoura-pecuária, por exemplo), é defendida pelo especialista em nutrição vegetal e diretor-executivo da Latina Seeds, Willian Sawa, para se obter equilíbrio e rendimento mais constantes nos cultivos tropicais de inverno no Brasil Central.

Sua preocupação se aplica a quem almeja um bom resultado na produção de grãos e, sobretudo, para o agropecuarista que trabalha visando estocar volumoso para oferecer ao boi quando o pasto começa a faltar. “Parece que o cinto apertou de uns anos para cá, com estiagens causticantes no verão da Região Sul e estações secas bem rigorosas no Brasil tropical”, lembra Sawa em artigo de sua autoria, publicado na Revista AG PEC de número 265 (abril/2023).

Além disso, não é raro que a colheita da cultura de primeira safra se atrase, como aconteceu este ano. “No dia 3 de março, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), só 32,7% da área cultivada havia sido colhida. Isso, consequentemente, atrasou a entrada do milho segunda safra: só 28,1% do previsto estava semeado até então. Nos cinco anos anteriores, a média, para a mesma data, foi de 61,6%”, conta.

Em condições como essa, o executivo questiona se seria prudente por parte do produtor cultivar o milho no limite de sua janela de semeadura ou mesmo fora dela. “Haverá tempo hábil para o milho se desenvolver sem penar com geadas e a falta de água no solo nos meses secos que vêm por ai?”.

Neste artigo, Sawa defende justamente a diversificação desta matriz de segunda safra, entrando com o milho dentro de condições temporais adequadas e semeando o sorgo (de ciclos mais curtos e de maior suporte ao estresse hídrico) em períodos nos quais a entrada do milho se mostra mais arriscada. Essa dobradinha, segundo ele, pode garantir reserva de volumoso em quantidade e qualidade adequadas para a alimentação de bovinos durante os meses secos, quando as pastagens definham em diversas regiões brasileiras.

Na produção de silagem, ele cita como exemplo de eficiência o uso do Sorgão Gigante Silageiro, planta de vigoroso crescimento vegetativo, chegando a atingir entre 4 e 6 metros de altura quando cultivada no verão, e de 2,5 a 4 metros quando plantada no período da segunda safra. Sawa lembra que este material permite produtividades que podem superar a casa de 100 t/ha de massa verde de boa palatabilidade para ensilamento.

O diretor da Latina Seeds também ressalta que a conjugação de silagem dos dois cereais tende a reduzir o custo médio de alimentação animal no período. “Com base em valores de março de 2023, o produtor vai desembolsar entre R$ 0,08 e R$ 0,13 para fazer 1 kg de silagem com o Sorgão Gigante Silageiro. O kg de silagem de milho, por sua vez, pode lhe custar entre R$ 0,24 e R$ 0,35”, ressalta.

No artigo publicado na AG PEC, Sawa ainda faz considerações sobre a qualidade bromatológica e o alto poder enraizamento do Gigante, pavimentando o caminho para o próximo cultivo (geralmente soja, semeada entre outubro e novembro), e lembra que tanto o sorgo quanto o milho não expressarão suas qualidades sem uma condução adequada da lavoura: “É importante que, em cada situação e a todo momento, sejam seguidas as recomendações técnicas de cultivo e de manejo”.

A introdução do Sorgão Gigante, se bem conduzida, pode, segundo Sawa, revigorar vários sistemas produtivos. “É notadamente uma ferramenta para produção sustentável, integrada, intensiva e se credencia como agente tanto de segurança alimentar quanto para a segurança do alimento”, afirma.

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