Agnes Andrade explica quais enfermidades são mais comuns nas estações com temperaturas mais baixas e alerta para sinais que exigem atendimento médico
Com a chegada do outono e a aproximação do inverno, a incidência de doenças respiratórias tende a aumentar de forma significativa. O clima mais frio, a maior permanência das pessoas em ambientes fechados e a intensificação da circulação de vírus e bactérias formam um cenário propício para o surgimento de gripes, resfriados e outras infecções. A médica pediatra Agnes Andrade explica que essa combinação de fatores exige cuidados redobrados para evitar complicações, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
De acordo com a especialista, entre as doenças mais comuns nesta época do ano estão os resfriados e as gripes, que muitas vezes são confundidos pela população, mas apresentam diferenças importantes. A gripe, causada principalmente pelo vírus Influenza, costuma ser mais grave, com febre alta, forte indisposição e maior risco de complicações. Já o resfriado é provocado por diferentes vírus, como o rinovírus e o vírus sincicial respiratório, e costuma apresentar sintomas mais leves, como tosse, coriza e mal-estar moderado, sem incapacitar as atividades diárias.
Além dos resfriados e gripes, a médica destaca o aumento de casos de rinite e sinusite durante o inverno. Essas doenças são frequentemente desencadeadas ou agravadas após um resfriado mal curado, favorecendo o acúmulo de secreções nas vias aéreas e seios da face, o que pode evoluir para infecções bacterianas. Outro problema recorrente nesta época é o agravamento da asma, uma doença crônica que provoca inflamação e espasmo nos brônquios pulmonares. A maior circulação de vírus e as mudanças bruscas de temperatura são fatores que contribuem para desencadear crises de falta de ar, tosse e chiado.
A pneumonia é outra preocupação importante. Trata-se de uma infecção das porções finais dos pulmões, que pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. Segundo a pediatra, o quadro pode se manifestar com sintomas como febre alta, tosse persistente, respiração acelerada e dificuldade para respirar, exigindo atendimento médico imediato. As amigdalites, inflamações nas amígdalas geralmente causadas por vírus ou bactérias, também se tornam mais frequentes no inverno, apresentando sintomas como dor intensa na garganta, febre e dificuldade para engolir.
Em situações mais graves, o inverno também favorece o aumento de casos de meningite, uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A médica explica que a maior circulação de bactérias durante os meses frios contribui para esse crescimento. Dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço, vômitos e febre são alguns dos sinais de alerta que devem levar à busca imediata por atendimento médico especializado.
Para prevenir o surgimento dessas doenças, a médica pediatra Agnes Andrade recomenda manter o corpo aquecido com roupas adequadas, higienizar as mãos com frequência para evitar a transmissão de vírus e bactérias, e evitar locais fechados e aglomerados. Ela também reforça a importância de manter o calendário vacinal atualizado, incluindo imunizações como a da gripe e a da Covid-19, e cuidar da hidratação diária, já que a ingestão de água ajuda a proteger as vias respiratórias. Uma alimentação rica em vitaminas e nutrientes também é essencial para fortalecer o sistema imunológico.
A pediatra ressalta ainda que alguns sinais indicam a necessidade de procurar um pronto atendimento, como febre persistente por mais de três dias, prostração acentuada, tosse constante, dificuldade para respirar, chiado no peito, recusa de líquidos e o surgimento de manchas pelo corpo. “É fundamental que as pessoas saibam reconhecer esses sintomas de alerta e não hesitem em buscar ajuda médica, para garantir um diagnóstico rápido e evitar complicações”, afirma.
Com cuidados simples e atenção aos sinais do corpo, é possível atravessar o inverno com mais saúde e segurança, reduzindo os riscos de complicações causadas pelas doenças respiratórias típicas da estação.
SERVIÇO
Agnes Andrade – Médica pediatra (CRM 42.960 // RQE 31.841)
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