SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar subia frente nesta terça-feira (16), o que participantes do mercado disseram refletir movimento de correção após tombo da véspera . Investidores acompanham a tramitação do arcabouço fiscal no Congresso, com expectativa de que um texto mais rígido seja aprovado pelos parlamentares.
Às 10h04 (horário de Brasília), o dólar comercial à vista avançava 0,49%, a R$ 4,9130 na venda. Na B3, às 10h04 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,33%, a R$ 4,9260.
Nos Estados Unidos, o foco ainda está nas negociações sobre o teto da dívida. Ainda não há definições sobre um acordo entre o presidente Joe Biden, que busca evitar um calote histórico nas dívidas americanas ainda neste mês, e os republicanos.
Com isso, o mercado segue em cautela, apesar de prever que um acordo para as contas públicas do país ainda é o mais provável.
O dólar aprofundou as perdas e fechou abaixo dos R$ 4,90 na segunda-feira (15). A Bolsa, por sua vez, teve o oitavo pregão seguido de alta.
A moeda americana fechou o dia com queda de 0,65%, a R$ 4,890, menor preço desde junho de 2022. Já o Ibovespa teve alta de 0,52%, a 109.029 pontos.
No Brasil, porém, a sequência de altas da Bolsa e as expectativas sobre a tramitação do arcabouço fiscal ajudaram o desempenho do real ante o dólar.
“Nos últimos dias de alta do Ibovespa, observamos maior entrada dos investidores estrangeiros, que acabam vendendo dólares para entrar no mercado brasileiro. Além disso, há otimismo sobre o arcabouço fiscal no Congresso, que pode se tornar mais rigoroso com a adição de restrições ao governo em caso do não cumprimento das metas fiscais”, diz Fernando Bento, sócio da FMB Investimentos.
Os juros futuros de curto prazo continuaram subindo após a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de abril, na última sexta. Os contratos com vencimento para janeiro de 2024 foram de 13,29% para 13,31%.
Nos contratos mais longos, porém, houve queda. Os com vencimento em 2025 saíram de 11,71% para 11,66%, enquanto os para 2026 foram de 11,24% para 11,13%.
A inflação desacelerou a 0,61% em abril, mas ficou acima das previsões para o mês, com pressão dos preços de medicamentos e alimentos. Com isso, previsões para o início de cortes na Selic ficaram ainda mais incertas, mas a maioria das casas de análises manteve suas projeções inalteradas.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou o pregão com alta de 0,14% e o S&P 500 subiu 0,30%, enquanto o Nasdaq, índice de tecnologia, teve alta de 0,65%.
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