REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
Na última sexta-feira (16), o presidente da Câmara de Vereadores de Paranavaí, Leônidas Fávero Neto, o Doutor Leônidas, defendeu maior representatividade política no Legislativo. Disse que é preciso retomar o debate sobre o aumento no número de parlamentares em Paranavaí e reavaliar o valor dos subsídios mensais. As declarações foram dadas depois da eleição de Luís Paulo Hurtado, que assumirá a presidência em 1º de janeiro de 2023 e permanecerá no cargo até o fim de 2024.
O discurso foi em tom de despedida, depois de dois anos liderando os trabalhos da Casa. “Saio da presidência bastante satisfeito.” Desde que iniciou o primeiro mandato, em 2017, Doutor Leônidas ocupou funções na mesa diretora: primeiro secretário em 2017 e 2018, vice-presidente no biênio 2019-20 e presidente no período de 2021 a 2022. A partir de 2023, ocupará uma cadeira no plenário.
Doutor Leônidas reconheceu que a despeito dos sonhos há limitações. “Temos um monte de ideias, muitas intenções, mas nem sempre é possível concretizar.” Mesmo assim, “procuramos atender as necessidades da população”.
Uma das maneiras de ampliar o alcance do Legislativo junto à comunidade seria ampliar o número de vereadores. Doutor Leônidas defendeu que o assunto volte às discussões. O limite máximo de cadeiras é definido em proporção à quantidade de moradores. Em uma cidade com 80 mil a 120 mil habitantes, a Constituição Federal permite até 17 parlamentares. Paranavaí tem 10.
O atual presidente disse que fez pesquisas considerando municípios paulistas com aproximadamente 100 mil habitantes, população próxima à de Paranavaí – em 2021, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou estimativa de 89.454 moradores. O levantamento mostrou que as cidades com mais parlamentares alcançaram melhores índices de desenvolvimento.
A resposta estaria na representatividade política, no olhar abrangente sobre todos os grupos sociais, na riqueza de debates. “É importante que a mulher marque sua presença na mesa”, disse, referindo-se à primeira formação com três vereadoras – Fernanda Zanatta na vice-presidência, Aparecida Gonçalves na primeira secretaria e Zenaide Borges na segunda secretaria. Mas é preciso avançar. Doutor Leônidas gostaria de ver outras diversidades: de cor, de orientação sexual, de religião…
A respeito dos subsídios, o atual presidente disse que o salário de R$ 6.650,28 provoca muitas ressalvas por parte da população. A ponderação veio em seguida: “Dizem que a gente ganha muito, mas também trabalha muito.” Afirmou que os vereadores precisam administrar o tempo para cumprir todas as tarefas na vida pessoal, no âmbito profissional e no serviço público. Nesse sentido, sugeriu àqueles que não concordam com o valor pago mensalmente aos parlamentares que acompanhem mais de perto as questões políticas a fim de entender a seriedade do trabalho.
Diplomação – Ontem (19), Doutor Leônidas esteve em Curitiba para a solenidade de diplomação de deputados estaduais e suplentes para a gestão de 2023 a 2026. Na eleição de 2 de outubro, ele fez 34.894 votos pelo Cidadania e alcançou a primeira suplência.
Da mesma forma, o deputado federal eleito Tião Medeiros, do Progressistas, foi diplomado ontem em Brasília. Depois de oito anos ocupando uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), ele segue para a Câmara dos Deputados, com o mandato se estendendo de 2023 a 2026. Tião Medeiros recebeu 109.344 votos na eleição deste ano.