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MINISTRA

‘E-sports é indústria de entretenimento, não é esporte’, diz Ana Moser

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Ana Moser, ex-jogadora de vôlei e ministra do Esporte do Governo Lula, foi a convidada do UOL Entrevista desta terça-feira (10), e afirmou que não pretende investir no esporte eletrônico.

“A meu ver o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então você se diverte jogando videogame, você se divertiu. O atleta de esports treina, mas a Ivete Sangalo também treina para dar show e ele não é atleta, ela é uma artista que trabalha com entretenimento. O jogo eletrônico não é imprevisível, ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, diferente do esporte”, afirmou a ministra.

“A questão do esporte eletrônico a nível Federal ainda não é uma realidade. Não tenho essa intenção [de investir nisso]. A gente lutou ano passado, eu na minha vida pregressa, a frente da Atletas pelo Brasil fizemos uma ação muito forte junto ao legislativo par ao texto da lei geral não ser aberto o suficiente para ter o encaixe dos esportes eletrônicos. O texto está lá protegendo o esporte raiz. A definição de esporte tinha sido dado uma abertura que poderia incluir esporte eletrônico, e a gente fechou essa definição para não correr esse risco”, complementou Moser.

Sem ser classificado como esporte, os atletas de esportes eletrônicos não teriam acesso a Bolsa Atleta, Lei de Incentivo ao Esporte, e recursos públicos de Esporte de forma geral.

Em maio do ano passado, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado aprovou o projeto de lei do Plano Nacional do Desporto (PND), que tramita na casa há cinco anos e tem por finalidade reorganizar todo o arcabouço legal do sistema desportivo brasileiro.

Entre as novidades aprovadas na CE na época estava o conceito do que é esporte. A comissão de juristas havia sugerido que esporte é uma atividade “predominantemente física”, o que foi alterado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quando o texto passou por lá, para incluir também práticas como enxadrismo e jogos eletrônicos, que dependem mais da mente.

O texto que foi ao Plenário, porém, retoma o conceito anterior, dizendo que esporte é “toda forma de atividade predominantemente física que, de modo informal ou organizado, tenha por objetivo atividades recreativas, a promoção da saúde, o alto rendimento esportivo ou o entretenimento”.

Como os jogos eletrônicos não são “predominantemente físicos”, eles não são considerados esporte, nesta versão.

“O esporte é um meio altamente conservador. Conservador e se mostrou de direita nos últimos anos. Acho que existe um temor ou um modelo antigo que muitas vezes impede que os atletas não se pronunciem politicamente, nem para um lado e nem para o outro. Então eu não tenho a pretensão de mudar a cabeça dessas pessoas porque elas estão aí há anos e vão continuar, é uma mudança gradual e já vem acontecendo. Um governo de esquerda acelera esse processo, mas dentro dessa estrutura do esporte competitivo a gente tem cada vez mais forte as figuras de comissões de aletas, e elas estão em um estágio inicial de amadurecimento, e que vão amadurecer mais ainda. É um caminho sem volta”, disse.

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