*Cristina Navalon
Dezembro chega trazendo uma época de festividade, marcado pela celebração do natal e do novo ano que estão por vir. Fazemos planos para o futuro, projetando realizações pessoais e profissionais, e refletimos sobre quem somos e quem queremos ser. Mas em meio a um tempo de compaixão, colocamos no papel nossos medos e anseios, que muitas vezes nos impedem de crescer.
Assim, o desenvolvimento psíquico afeta nossas escolhas futuras. Em um ambiente insuficientemente bom, reproduzimos em nós mesmos frustações próprias e de outros. É um período de vulnerabilidade, onde a principal saída é a busca pelo amor próprio. Quem não se ama, nunca irá se permitir ir além. Por isso, faça por si aquilo que não fizeram por você. A empatia começa entre nós.
A maioria vê o natal como um simples feriado religioso ou uma data para presentear os entes queridos, e esquecem seu principal significado. É um momento de celebração do amor. Dar a alguém aquilo que temos, e podemos nos desfazer. Refletir sobre a etimologia da palavra ‘doação’ é compreender como uma simples ação pode ser libertadora em tantos sentidos.
Em tempos conturbados como os que vivemos, busque doar amor, compaixão e esperança. Para além dos presentes físicos, ofereça uma palavra amiga a quem precisa, cumprimente aqueles que estão próximos, e também os mais distantes. Doe comida, mas também abraços. Pessimistas dizem que a humanidade está perdida, mas nos encontrarmos pode ser mais fácil do que parece.
*Cristina Navalon é psicóloga com formação pela Universidade Metodista de São Paulo com especialização em Psicanálise do Adolescente, Psicossomática e Doenças Mentais