Quando chegou a Paranavaí, em setembro de 1967, o menino Edson Luiz Alves tinha 10 anos. Veio de um berço pobre, com dificuldades financeiras que se acumulavam, mas que ensinaram o valor da honestidade.
Ainda pequeno, apoiava-se no sonho que anos depois se tornaria realidade e transformaria sua história.
Edson queria ser contador. O primeiro contato com a profissão desejada surgiu quando tinha 15 anos de idade e foi contratado pelo Escritório Carvalho, para serviços de office-boy. Começou a trabalhar na empresa no dia 3 de julho de 1972. Data marcante, emblemática.
Depois de três anos e meio, sentou-se pela primeira vez na cadeira de contabilista.
Estudou, aprendeu e se dedicou ao máximo. Entendeu que ter compromisso, manter o foco e gostar das funções que lhe cabiam eram ingredientes fundamentais para alcançar o sucesso. Ingressou no ensino superior e colocou em prática, no dia a dia, o conteúdo da academia.
Com o profissionalismo do patrão, Hélio Carvalho, a quem chama de “pai profissional”, Edson viu a carreira deslanchar. O primeiro e único emprego com carteira assinada “foi preparado por Deus, uma trajetória apoiada na fé e no esforço particular”.
São 50 anos de história dentro do Escritório Carvalho. 50 anos de conquistas. Conheceu pessoas, fez amigos, conquistou a confiança de seus clientes e fundou as bases para crescer pessoal e profissionalmente. Se precisasse resumir o que vivenciou até agora, diria sem titubear que foi um sucesso.
Prestes a completar 65 anos de idade, Edson é um dos sócios do Escritório Carvalho, com muita integridade.
Aliás, é com o mesmo apreço que se refere à equipe de funcionários, alguns com 20, 30 anos de empresa, pessoas em quem confia e que desempenham suas funções seguindo os mesmos preceitos que ele defendeu durante toda a vida.
A família também tem um lugar especial na história e no coração de Edson, pelo apoio incondicional, mesmo nos momentos de tribulação, com horários estendidos e fins de semana ausente.
Às vezes, a rotina pesa, cansa. Recentemente, dedicou-se ao trabalho por tempo mais longo do que o usual. Atendeu todos os clientes que precisavam entregar a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física. 12, 14 horas todos os dias. E mesmo depois de terminado o prazo, o volume de tarefas se mantém elevado.
E então? Parar? Definitivamente, não. Talvez diminuir o ritmo, ora exaustivo, e separar um pouquinho mais de tempo para si mesmo e para a família: a esposa, as três filhas, os três genros e os seis netos, que são a corda do seu coração.
Os versos do escritor argentino Jorge Luís Borges surgem em uma folha de papel já amarelada pelo tempo e inspiram o contador:
“Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da vida.
Claro que tive momentos de alegria, mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos.
Não perca o agora.”
Ainda há muito para aprender, muito para fazer, e quando existe força de vontade, as portas do sucesso se abrem e revelam oportunidades infinitas. Edson quer aproveitar cada uma delas.