Mesmo com frio e chuva, fiéis de vários estados participaram do encontro religioso; Frei Gilson foi a principal atração com pregação e show de encerramento
Cibele Chacon – da redação
Nem a chuva insistente, nem o frio de junho impediram a multidão de mais de 25 mil pessoas de se reunir em Paranavaí neste fim de semana para viver intensamente a experiência do Éffeta 2025. O evento católico, que já se tornou referência no calendário da fé no Noroeste do Paraná, atraiu fiéis de vários estados do Brasil e lotou a arena preparada para dois dias de pregações, shows e celebrações.
A grande atração do domingo (8) foi o Frei Gilson, que se apresentou em dois momentos marcantes: primeiro com uma pregação carregada de emoção, depois com o tão aguardado show de encerramento. O religioso subiu ao palco após a Santa Missa da manhã — da qual não conseguiu participar —, mas foi recebido com entusiasmo por um público já encharcado pela chuva, mas firme em seu propósito de viver aquele momento espiritual.
Em entrevista ao Diário do Noroeste, Frei Gilson confessou que se impressionou com o tamanho da mobilização em Paranavaí. “É um evento que acontece há anos, não começou hoje, e parece que essa edição foi muito esperada. Eu estou de fato impressionado. Quando eu chego, vejo o Paraná em chuva e, geralmente, quando tem chuva você vê um fluxo menor de pessoas. E aqui é um lugar aberto, e você vê um povo reunido na chuva para ouvir a palavra de Deus.”

A pregação durou cerca de uma hora e meia, e durante todo o tempo a chuva oscilou entre garoa e pancadas mais intensas. Ainda assim, a multidão permaneceu firme e atenta a cada palavra. Muitas pessoas acompanhavam também pelos telões externos, em áreas sem cobertura.
“Me lembrou aquele povo que Jesus pregava e passaram três dias com Jesus sem ter o que comer, mas como a fome da palavra era tão grande que eles viam que mais importante do que o pão material era o pão da palavra,” completou o frei. “É uma demonstração de fé, quando o povo sai da sua casa para ouvir a palavra de Deus.”
LOUVOR, ORAÇÃO E COMUNHÃO
Além da pregação do Frei Gilson, a programação contou com momentos intensos de louvor conduzidos pela Irmã Maria Joana e também com a pregação da Irmã Maria Raquel, que emocionaram com reflexões sobre espiritualidade e propósito. Houve ainda módulos temáticos com pregadores de diversas regiões, abordando temas como juventude, cura interior, vocação e fortalecimento da vida cristã.

SHOW DE ENCERRAMENTO E SUCESSOS
À noite, no encerramento, Frei Gilson voltou ao palco para cantar suas músicas de maior sucesso, como Acalma minha tempestade, Eu seguirei e Eu te levantarei. O público respondeu com palmas, lágrimas e orações em voz alta, transformando o espaço em um grande templo de devoção.
Mesmo com a chuva constante, não houve dispersão. Pelo contrário: muitos fiéis permaneceram até o fim da apresentação, com capas de chuva, guarda-chuvas ou simplesmente à mercê do tempo, num gesto de fé que emocionou até mesmo a organização do evento.

COMUNICAÇÃO A SERVIÇO DA FÉ
O bispo diocesano de Paranavaí, Dom Mário Spaki, também falou com a reportagem do Diário do Noroeste. Ele parabenizou os 70 anos do jornal, responsável pela cobertura oficial do Éffeta. “Hoje a comunicação é muito global e facilmente a gente pode acessar, porém, sem as notícias locais. Aqui está o grande diferencial do Diário,” destacou. “Desde que cheguei aqui na diocese, há sete anos, eu apreciei muito e observei e várias vezes parabenizei pelas matérias. Só tenho a agradecer por esses 70 anos, porque são gerações que estão sucedendo.”