REINALDO SILVA
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Assim que assumir a presidência da Câmara de Vereadores de Paranavaí, em 1º de janeiro de 2023, Luís Paulo Hurtado terá desafios importantes pela frente. Entre os pontos que destacou após ser eleito por aclamação, na manhã de sexta-feira (16), estão a informatização do Legislativo Municipal e a substituição de parte do mobiliário. Transparência e respeito às instituições democráticos serão princípios indispensáveis, disse.
Depois de grande movimentação política para definir quem comporia a mesa diretora ao seu lado, Luís Paulo terá como vice-presidente Fernanda Zanatta. Aparecida Gonçalves será a primeira secretária e Zenaide Borges assumirá a segunda secretaria. Foi o único grupo a se inscrever.
Durante o discurso, o presidente eleito disse que quer “dar continuidade ao excelente trabalho realizado pelo Doutor Leônidas”, que está deixando o posto após a gestão de dois anos. Pela primeira vez em seis anos de atuação parlamentar, Leônidas Fávero Neto não comporá a mesa diretora.
Luís Paulo agradeceu individualmente cada vereador, estendeu as palavras aos servidores efetivos e comissionados da Câmara de Paranavaí e falou do prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (Delegado KIQ), que apoiou sua candidatura a presidente. Nesses dois primeiros anos de mandato, ele foi o líder da bancada de apoio ao chefe do Executivo.
Ao Diário do Noroeste, comentou a importância de informatizar o sistema interno. “Hoje tudo é no papel. Defendo a informatização porque poderemos acessar os documentos de qualquer lugar, em tempo real, e isso dará mais agilidade.”
Sobre os investimentos que considera necessários para substituir o mobiliário, Luís Paulo deu um exemplo prático: a mesa à qual os vereadores da diretoria se sentam pode cair a qualquer momento. Os móveis são velhos e precisam se trocados, reforçou.
A reforma do prédio não está nos planos. É que o projeto de construção do Centro Cívico, no Jardim Oásis, está avançando e a Câmara de Vereadores deverá ser levada para lá. Investir agora seria desperdiçar recursos públicos, analisou Luís Paulo.
Essas e outras situações não serão definidas de forma arbitrária, garantiu o presidente eleito. As decisões serão tomada sem conjunto com os demais vereadores. “Que permaneçamos com companheirismo.” Apesar dos embates que surgiram ao longo desses dois anos, por questões políticas e ideológicas, Luís Paulo disse que as discordâncias não são motivo para desafetos. Tudo isso faz parte do processo democrático, avaliou.
Ele acatou a sugestão apresentada pelo vereador José Galvão: mensalmente fazer uma prestação de contas das finanças do Legislativo. O propositor da ideia afirmou que a medida ajudaria os parlamentares a acompanhar de perto os investimentos feitos na Câmara de Paranavaí. Para Luís Paulo, a prática se encaixaria perfeitamente no quesito destacado anteriormente, a transparência.
Questionado sobre a possibilidade de ampliar o número de vereadores em Paranavaí, o presidente eleito manifestou contrariedade. Respondeu que mais importante do que quantidade é a qualidade e apontou a responsabilidade da população neste sentido: que preste muita atenção na hora de votar e escolha quem faz o melhor para a cidade. Assim, arrematou, não seria preciso ter mais parlamentares.
Atualmente, a Câmara de Paranavaí tem 10 cadeiras. Nesta eleição, o número foi insuficiente, por exemplo, para a formatação de duas ou mais chapas concorrentes. Luís Paulo reconheceu que existe essa limitação por causa do número de parlamentares e garantiu que se a proposta for levada para a apreciação, não será rejeitada.