A vacinação é reconhecida como uma das mais eficazes estratégias para preservar a saúde da população. Além de prevenir doenças graves, a imunização contribui para reduzir a disseminação desses agentes infecciosos na comunidade, protegendo aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde.1 Com a proximidade do Dia Nacional da Imunização, comemorado no dia 9 de junho, é essencial valorizar essa intervenção de saúde que salva milhões de vidas anualmente e incentivar a conscientização sobre a importância de manter o calendário vacinal atualizado.2,3
Para cada fase da vida – seja bebê, criança, adolescente, gestante, adulto ou idoso -, existem diversas vacinas recomendadas e disponíveis no país.4-7 O Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente mais de 20 imunizantes que protegem contra mais de 25 doenças para todos os públicos, em todos os ciclos da vida, desde o nascimento até a terceira idade.5,7 Na rede privada também estão disponíveis vacinas para a imunização de todas as faixas etárias, complementando o calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI).4,6
Marcelo Freitas (CRM DF 12.770), gerente médico da GSK, explica um pouco mais sobre a importância da vacinação além da infância. “Muitas pessoas pensam erroneamente que as vacinas são específicas para as crianças, quando, na verdade, as infecções podem nos acometer em qualquer fase da vida, em diferentes condições. Nós temos doenças que acometem muito na infância e podem levar à internações e óbitos, mas temos também diversas doenças que acontecem na adolescência, no adulto jovem e no idoso. Então, por isso, temos vacinas para todas essas faixas etárias, inclusive com doses de reforços ao longo da vida, para que ela possa continuar protegendo o indivíduo contra infecções e contra quadros graves, como hospitalização e outras complicações. Além disso, é importante reforçar que as vacinas têm um papel de proteção não apenas individual, mas também na saúde coletiva da população, na medida que elas reduzem a circulação de agentes infecciosos e, consequentemente, a transmissão de doenças, protegendo assim toda a comunidade.”
Importância da imunização para adultos e idosos – Aliada com outros hábitos, como a alimentação balanceada, a prática de atividades físicas e o sono regular, a imunização na idade adulta e na terceira idade está diretamente ligada à qualidade de vida e ao envelhecimento saudável.8,9 A explicação é que, conforme os indivíduos envelhecem, seu sistema imunológico também envelhece e sofre alterações contínuas, que caracterizam o processo chamado de imunossenescência. E esse processo de envelhecimento do sistema imunológico contribui para um aumento no risco de infecções e de evolução para formas graves de doenças.
“A partir dos 40, 50 anos, o nosso sistema imunológico vai perdendo efetividade e essa perda vai aumentando ao longo dos anos. Por isso que, em pessoas mais velhas, um simples resfriado pode evoluir para uma pneumonia com mais facilidade, por exemplo, alerta Dr. Marcelo.
Política pública – Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, oferece gratuitamente no SUS diversas vacinas para adultos e idosos, como, influenza, difteria e tétano (dT), hepatite B, febre amarela e Covid-19, que são recomendadas de acordo com a idade do indivíduo, seu histórico vacinal e presença de comorbidades, entre outros fatores.4,5 Já na rede privada, estão disponíveis imunizantes contra herpes zoster; difteria, tétano e coqueluche (dTpa ou dTpa-VIP); Vírus Sincicial Respiratório (VSR); doença pneumocócica (VPC13, VPC15, VPC20 e VPP23); além de vacinas recomendadas para situações especiais, como hepatite A e B, meningite ACWY e C, e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).