Na Grécia antiga, os Jogos eram uma verdadeira epopeia, tudo era muito difícil para participação. Mas eles eram realizados e com bastante galhardia. Os atletas vencedores eram contemplados com a coroa de louros e o reconhecimento nas cidades estado, com doações de alimentos, moradias e outras benesses da sociedade como reconhecimento ao feito olímpico. Hoje estamos diante de uma celeuma: a taxação dos atletas vencedores com a alíquota de 27% do imposto de renda nos prêmios pecuniários.
Não devíamos pensar em taxar atletas que já tiveram dificuldades em conseguir patrocínios porque o governo brasileiro não tem um sistema de detecção e desenvolvimento do talento esportivo que favoreça o desenvolvimento de nosso esporte.
Vamos expor o exemplo de nossa amada Paranavaí. Os esportes olímpicos e não olímpicos não recebem incentivo e recentemente soube que a verba do esporte é destinada somente ao futebol de salão (?) A verdade é nua e crua, sem dinheiro não se faz esporte de alto rendimento e tampouco base. E o destino da verba pública deve contemplar todos os esportes.
Os jogos olímpicos de Paris estão chegando ao seu final, a posição do Brasil, como havíamos previsto foi pífia e as medalhas vieram pelo heroísmo de nossos atletas com um superesforço e cabe elogiar as forças armadas que desenvolveram um programa de patrocínio engajando os melhores atletas em suas fileiras, com soldo de suboficial para os mesmos treinarem sem problemas financeiros, como exemplo temos a medalhista olímpica do Judô e vários outros atletas que são sargento do exercito nacional. Na década de oitenta este colunista, voltando da Itália, onde existe este sistema há anos, alertou os dirigentes brasileiros. Meno male que foi utilizado nos anos 2000.
Nosso canoísta Isaquias Queiroz conquistou a medalha de prata na categoria C1 1000 metros está foi sua quinta medalha olímpica, ficando atrás da maravilhosa ginasta Rebeca Andrade tem seis medalhas. O interessante é que ambos vieram de projetos sociais, comprovando a teoria da oportunização para os jovens praticarem esportes olímpicos com estrutura e sistematização que seremos uma potência olímpica com a mudança do Status Quo dos atletas e de suas famílias.
Brasil mostra sua cara, quero ver paga para gente ficar assim, já dizia o poeta.
Em tempo: este colunista concluiu a Pós-Graduação em Jornalismo Esportivo hoje.