Neste dia 6 de agosto é celebrado em todo o Brasil o Dia Nacional dos Profissionais da Educação. A data foi instituída pela Lei Federal Nº 13.054, buscando a valorização dos profissionais que atuam no ambiente escolar e são os responsáveis por formar novos cidadãos e profissionais.
Assim como a maioria das profissões, a área da Educação foi profundamente transformada pela pandemia de Covid-19. A forma de ensinar e aprender mudou, e a atuação e formação desses profissionais precisam acompanhar todas essas tendências e novidades.
Na opinião da coordenadora acadêmica da Faculdade Anhanguera, Vanderlea Bigossi, as profissões da área continuam sendo carreiras sólidas que oferecem grandes possibilidades. Os cursos de graduação em Pedagogia, por exemplo, contavam com mais de 815 mil inscritos segundo o Censo da Educação de 2019, o maior número entre os 20 cursos mais procurados.
“A demanda por educadores sempre irá existir. O que temos de mudança se refere a qualificação do profissional em virtude das mudanças tecnológicas, que precisa se adaptar às novas formas de ensinar e de se relacionar com os estudantes”, opina a educadora.
A seguir, Vanderlea aponta caminhos para que o profissional da educação se mantenha cada vez mais alinhado com as necessidades dos estudantes e tenha sucesso na carreira.
Formar novos professores – O Brasil possui mais de 2,5 milhões de professores (2,2 milhões na educação básica e outros mais de 380 mil atuando no ensino superior) e as carreiras da Educação podem ser excelentes opções de escolha profissional para a geração atual, pois o Brasil vai precisar dessa mão de obra no futuro próximo, gerando boas oportunidades no mercado de trabalho, tanto no setor privado, quanto no público, com os tradicionais concursos públicos, que sempre têm vagas abertas.
O incremento dessa nova força de trabalho pode contribuir também para reduzir o déficit de profissionais com formação específica em determinadas áreas do conhecimento, como Matemática, História, Biologia, Física e Química.
Digitalização da escola – Com a pandemia da Covid-19, a digitalização da Educação acelerou-se como nunca. A hibridez do ensino é uma realidade e os profissionais da área precisam dominar as tecnologias de comunicação, usando esses canais não apenas como plataforma para a transmissão do conhecimento, mas também parte do processo de aprendizagem, aproveitando todas as possibilidades que a tecnologia traz para tornar o ensino mais estimulante e atrativo para o aluno.
Soft skills – O educador forma cidadãos e, por isso, além de transmitir conhecimento ao estudante, ele precisa dominar também as chamadas soft skills, competências interpessoais, como a comunicação não-violenta e a inteligência emocional para lidar com o aluno no ambiente escolar.
Formação continuada – Assim como em outras áreas, o conceito de lifelong learning também cabe à Educação, ou seja, estar sempre se atualizando na profissão. Com as mudanças constantes da sociedade, o conhecimento se transforma todos os dias e assume novas facetas, portanto, o educador nunca deve parar de estudar, se aprimorando constantemente para uma melhor atuação. Essa, inclusive, é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), vigente desde 2014: ter 50% dos professores do ensino básico no Brasil com nível de pós-graduação até 2024.
Carreira acadêmica – Outra boa opção para quem se forma em Pedagogia e Licenciaturas (e outras áreas) é seguir para a carreira acadêmica, incrementando sua formação com especializações de mestrado ou doutorado, seguindo para a docência no ensino superior.
“São diversas as áreas de atuação para o profissional de educação. A formação permite trabalhar com gestão escolar, psicopedagogia, orientação vocacional, criação de materiais didáticos, consultoria pedagógica, entre outras”, finaliza Vanderlea.