O esporte bretão é o mais popular do mundo, seus fanáticos torcedores chegam a matar em nome de suas equipes. Os hooligans inglêses quem o digam (Os hooligans ingleses são um grupo de torcedores que praticam violência desportiva e que se tornaram associados ao futebol a partir da década de 1960. O termo “hooligans” começou a ser usado no Reino Unido no final do século XIX para descrever jovens que praticavam desorden. Fonte: globo.com).
Jogadores, os quais deveriam ser exemplo para milhares de crianças em todo o mundo, não são modelos para os milhares de jovens fans. Obviamente que há exceções como o jogador africano Sadio Mane.
Em nosso curso de pós-doutorado tivemos um professor de sociologia do esporte que afirmava categoricamente ser o futebol um fenômeno social ímpar. Dizia ele: os torcedores discutem os resultados dos jogos de domingo até quarta feira, e a partir dai começam a debater sobre os jogos do próximo domingo.
Mas, vamos analisar o esporte bretão no Brasil, depois do romatismo futebolístico criado por Nelson Rodrigues, “A pátria de chuteiras”, entre outros adjetivos, nos deparamos com uma CBF mergulhada em uma enorme falta de profissionalismo, a grande maioria dos árbitros parece incompetente ou mal intencionada, e as arbitragens, em geral, são ridículas e deixam o espetáculo esportivo deprimente, inclusive no uso do VAR, cujas decisões são manipuláveis e tardam “séculos” para serem divulgadas. Sem contar com as mudanças de calendário, exemplos recentes dos jogos do Vasco da Gama e do Corinthians Paulista, contrariando seu próprio regulamento, lastimável que a CBF ainda tenha tantas mazelas.
A mesma CBF, cujo histórico assombra, inclusive aos mais céticos. Iniciando com a lembrança do “Godfather”, o todo poderoso Jean-Marie Faustin Gieedefroid Havelange, conhecido pelo apodo de João Havelange, protagonista de inúmeros casos de suspeita de corrupção inclusive com conjeturas de favorevimento ao herdeiro da ADIDAS, Horst Dassler. Seguindo com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, durante 23 anos, pupilo de João Havelange, foi banido do futebol em meio a escândalos. Mas esta festa podre, não para por ai. Outro presidente da CBF, José Maria Marin, foi condenado a quatro anos de prisão, associado ao pagamento de multa de 4,5 milhões dólares, por crimes cometidos na época em que comandava a Confederação.
Como podemos ver o esporte bretão, no Brasil, perdeu sua realeza e durante anos foi protagonista de escândalos e corrupções. Infelizmente os presidentes continuam vitalícios no cargo e pouco mudam. Sem falarmos atualmente nas casas de apostas (as Bets) que passaram a comandar os campeonatos, os clubes, e os jogadores com patrocínios milionários; jogadores estes envolvidos em casos de estupro coletivo, em manipulação de resultados para favorecer as bets, Luiz Henrique e Paquetá, que continuam convocados para a Seleção Brasileira; o escrete canarinho, em palavras de Nelson Rodrigues. Assombrem-se, caros leitores, os gastos do Bolsa Família com as bets monta em 3 bilhôes de reais, enquanto isso a nossa carga tributária é exorbitantemente cara. Continuamos pagando este “benefício” e tantos outros do congresso nacional e do STF. Já passou da hora de suspender esse curral eleitoral chamado “Bolsa Familia”, e criar um programa efetivo de capacitação do cidadão em vulnerabilidade social, por exemplo no esporte, temos variáveis tais como confeccionar placares eletrônicos, sensores para a esgrima, softers para o VAR, entre outros.
Mas o mundo continua fanático por uma partida de futebol, parafraseando Skank, enquanto o espetáculo esportivo tornou-se uma arena milionária de bons negócios para os envolvidos neste mar de lama.
Uma lástima com um esporte tão bonito, como tantos outros, que também apresentam problemas de cargos vitalícios, de corrupção e outros possíveis crimes, mas isso será tema de outra resenha.
Comentários 0