Como parte da celebração da Semana Mundial do Aleitamento Materno, do dia 1ª a 7 de agosto, o Governo do Estado alerta para a importância da doação de leite humano para os bancos de leite dos quatro Hospitais Universitários do Paraná, com foco na saúde pública, amamentação e bem-estar de mulheres e crianças.
A semana tem o objetivo de informar as pessoas sobre a importância da amamentação; apoiar a amamentação como uma responsabilidade vital de saúde pública; potencializar ações para proteger o aleitamento materno para melhorar a saúde coletiva, além de estimular a amamentação, importante reforçar a doação de leite materno.
A intenção é aumentar o estoque e manter a oferta para os bebês cujas mães não conseguem amamentar, principalmente nesse período de pandemia do novo coronavírus.
A doação é totalmente segura, uma vez que o processo de pasteurização inativa o Sars-CoV-2. Além disso, todos os procedimentos seguem as normas de segurança do Ministério da Saúde para prevenir qualquer tipo de infecção viral.
O leite humano é fundamental para a saúde e o desenvolvimento de bebês e, em algumas situações, é o único alimento recomendado pelos médicos, como no caso de crianças nascidas prematuras.
Atualmente, cerca de 700 doadoras estão cadastradas nas quatro unidades hospitalares das universidades estaduais do Paraná, nas cidades de Londrina, na região Norte; Maringá, no Noroeste; Ponta Grossa, nos Campos Gerais; e Cascavel, na região Oeste. Apesar do número expressivo, essas doações ainda são insuficientes para assegurar o suprimento adequado.
Na região Noroeste do Estado, para atender a demanda, o Hospital Regional de Maringá (HUM) necessita de 250 a 300 litros de leite materno por mês. A enfermeira e coordenadora do Banco de Leite Humano do HUM, Christyna Beatriz Genovez Tavares, afirma que a doação proporciona vários benefícios para a saúde das mulheres, como a redução de riscos para o desenvolvimento de cânceres de mama e de ovários e de doenças ósseas, como a osteoporose.
Em todos os hospitais, os bancos de leite humano dispõem de equipes de profissionais multidisciplinares. A coleta, inclusive, pode ser feita em domicílio, de acordo com a conveniência das mães lactantes. A doação pode ser feita em potes de vidros (sem rachaduras), com tampa de plástico no formato de rosca, a exemplo de alguns potes de café solúvel.
O coordenador do Banco de Leite do Hospital Universitário Materno-Infantil, Wagner Kloster Antunes, destaca o suporte dado pelo hospital para incentivar as doações. “Fazemos um processo de capacitação sobre a higienização da mama e das mãos. É fornecido um frasco esterilizado no hospital para que a doadora faça a coleta. Entregamos um kit com vidro, luva, touca, para fornecer um leite com a qualidade maior possível”. A coleta pode ser feita tanto em domicílios quanto também no próprio hospital.