Sul do Brasil responde por 24,1% de toda a produção nacional de grãos, sendo que o Paraná participa com mais da metade do total
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira (14) pelo IBGE, mostra que a safra paranaense de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 45,7 milhões de toneladas em 2025. Trata-se de um crescimento de 21,8%, ou 8,1 milhões de toneladas maior do que a safra obtida em 2024 (37,5 milhões de toneladas). Na comparação com junho, a estimativa registrou alta de 1,06% um acréscimo de 479,7 mil toneladas. A Região Sul do Brasil responde por 24,1% de toda a produção nacional de grãos, sendo que o Paraná participa com mais da metade da produção da região, com 13,4%. A safra nacional deve totalizar 340,5 milhões de toneladas em 2025, o que representa um valor 16,3%, ou 47,7 milhões de toneladas, maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas). Na comparação com junho, a estimativa registrou alta de 2,1%, um acréscimo de 7,1 milhões de toneladas.
A área a ser colhida este ano no Paraná deve ser de 11,2 milhões de hectares, o que representa uma redução de 0,7% (80,1 mil hectares a menos) em relação à área colhida em 2024. Frente ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou uma sutil expansão de 3,4 mil hectares (0,01%). Em relação à produção nacional de grãos distribuída pela Unidades da Federação, o Paraná ocupa o segundo lugar (13,4%), atrás apenas do estado do Mato Grosso, que tem participação de 32,4%, seguidos pelo Rio Grande do Sul (9,5%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,8% do total. Com relação às participações regionais, tem- se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (51,5%), Sul (25,1%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,2%) e Norte (6,3%).

Foto: Jonathan Campos/AEN
O Paraná, segundo maior produtor de soja brasileiro, manteve sua produção em julho, 21,3 milhões de toneladas, com um crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. O incremento de 14,2% no rendimento médio, que deve alcançar 3.649 kg/ha, é o principal fator que impulsionou o aumento na produção estadual, uma vez que a área plantada se manteve praticamente estável neste ano. Segundo o Departamento de Economia Rural do Paraná (DERAL/PR), a irregularidade climática impactou as produtividades, especialmente nas Regiões Oeste e Norte, que juntas plantam pouco mais de 43% do total da área, contrastando com a Região Sul, que surpreendeu positivamente, apresentando ganhos de produtividade. Já o Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, estimou um aumento de 0,2% em relação ao mês anterior, com a produção estadual alcançando a marca de 50,3 milhões de toneladas colhidas em 2025, um crescimento anual de 28,5%.