Objetivo é avaliar os impactos da mudança no prazo limite para permanência dos veículos sem a necessidade de aquisição do ticket
REINALDO SILVA
Da Redação
Em vez de 15 minutos de tolerância, 30. Esse é o pedido da vereadora de Paranavaí Ivany Azevedo para a empresa Pare Fácil, responsável por fiscalizar a permanência de carros e motos em pontos com estacionamento rotativo. Segundo a parlamentar, trata-se de uma demanda crescente dos motoristas que frequentam a área central da cidade.
Sobre o tema, o advogado Marcelo Damião do Nascimento, gerente da Pare Fácil, garantiu que um estudo de viabilidade está em curso, com o objetivo de avaliar se a ampliação do prazo terá efeitos sobre o sistema de rotatividade. “Por exemplo, se eu dobrar o tempo de tolerância, pode acontecer de faltar vaga de estacionamento no centro.”
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Outra preocupação é o equilíbrio econômico previsto no contrato de prestação de serviço com a administração municipal. Maior prazo de carência implicaria na queda de arrecadação. Uma solução seria ampliar o número de vagas rotativas nas vias públicas da cidade.
De acordo com Nascimento, não está descartada a inclusão da Avenida Rio Grande do Norte, “que já é um pedido dos próprios comerciantes daquela região, pois, como não cobra, não tem vaga para os clientes estacionarem”. Em recente entrevista ao Diário do Noroeste, o secretário municipal de Proteção à Vida, Patrimônio Público e Trânsito, Ademir Giandotti, já havia mencionado essa possibilidade.
A busca por alternativas levou o gerente da Pare Fácil de Paranavaí a Maringá. Na última quarta-feira (29), ele conversou com a equipe da Secretaria de Mobilidade Urbana, que apresentou detalhes sobre o formato do estacionamento rotativo na cidade vizinha.
Em Maringá, a tolerância é de 30 minutos, e, segundo a gerente municipal do estacionamento rotativo, Janaína Ferreira, o prazo foi estabelecido em 2003, ano de implantação do atual sistema de rotatividade.
Diferentemente de Paranavaí, em Maringá o monitoramento é feito por servidores públicos. Cabe à empresa contratada fornecer os equipamentos de cobrança e fiscalização.
A cobrança também é ponto de distinção entre os dois modelos. Em Paranavaí, os valores para motocicletas são R$ 0,50 para meia hora e R$ 1 para uma hora; no caso dos carros, R$ 1 para meia hora e R$ 2 para uma hora. Já em Maringá, as motos são isentas; para os carros, o preço é R$ 1,75 por hora.
Em matéria publicada no dia 17 de janeiro, o DN apresentou a discussão sobre o tempo de tolerância para permanência de veículos na mesma vaga. Na ocasião, a vereadora Ivany Azevedo informou que propôs uma indicação ao Executivo para rever o contrato com a Pare Fácil e chegar aos 30 minutos. As conversas têm se estendido desde então e avançado de forma positiva, avaliou a parlamentar.