LUCAS MUSETTI PERAZOLLI E GABRIELA BRINO
DA UOL/FOLHAPRESS
Apresentado nesta quinta-feira (17), o coordenador esportivo Falcão explicou o que o motivou a aceitar o cargo no Santos: Pelé. Adorador do Rei do Futebol, o dirigente levou em consideração a história do clube, além do projeto proposto pelo presidente Andres Rueda.
Inicialmente, a ideia de Falcão era estar à frente do Santos como técnico, mas viu a oportunidade da função de executivo com bons olhos. Além de participar de reuniões com empresários e sugerir nomes para reforçar o futebol do Santos, ele também terá força interna junto de Rueda. Será um elo entro campo e diretoria.
“Foram vários motivos, a marca do Santos, a minha adoração ao Pelé. Impossível de imitar, mas era meu escudo. Chego no Santos e Serginho Chulapa e Clodoaldo estavam me esperando. Chulapa era meu companheiro de quarto em 1982, o Clodoaldo é meu centro-médio na seleção de todos os tempos. Minha definição foi pela conversa com presidente, possibilidade de ajudar o Santos. Vamos ter dificuldades, mas quem não tem?”, disse em entrevista coletiva virtual à imprensa.
“O presidente conversou comigo e entrou assim: ‘Falcão, quais são seus projetos para o futebol? Tenho visto que você tem falado sobre querer ser treinador, mas pensava em coordenador técnico’. Foi assim que ele me abordou. Eu disse que era verdade, que falava isso há três anos. As pessoas do futebol mais chegadas falaram que seria legal, uma profissão boa para mim”, completa.
Por gostar de trabalhar com jogadores mais jovens, Falcão citou a base como um dos pontos chaves para o Santos. Para ele, a importância de preparar os Meninos da Vila para alcançarem o time principal é uma das prioridades. Além de buscar jogadores mais experientes para fazê-los brilhar e diminuir a responsabilidade dentro de campo.
Falcão e Odair Hellmann, novo técnico do Santos, tiveram a oportunidade de assistir ao time sub-20 e aprovaram o que viram.
“Tenho a maior admiração pela base, pelos guris com sonho de jogar. Eu tive esse sonho, comecei no Internacional com 11 anos. Para ter jogadores jovens com talento, mas temos que ter jogadores mais experientes para ajudá-los a brilhar. Os maiores talentos sempre tiveram jogadores que deram tranquilidade para serem artistas principais. Temos que ter coadjuvantes, não menos importantes na condução do time. Precisam ter compromisso, mas serem blindados também. Eu vi o jogo do sub-20, gostei de alguns jogadores. Odair também assistiu. Vamos tentar ser rápidos nisso, levando em conta a dificuldade econômica. Temos que ser criativos para montar um bom time diante do que temos”, explica.
Para explicar Odair como técnico, Falcão relembrou a relação com ele durante sua passagem no Internacional. O vê como um homem dedicado e reforçou que a comissão técnica é muito forte. Odair, inclusive, deve demorar para chegar ao Brasil devido à burocracia com a documentação. Ele ainda está em Abu Dhabi e aguarda a liberação.
“Escolha do Odair foi consciente e de dedicação. Entrei no Internacional em 2016, Odair ficou três dias comigo até buscar a medalha de ouro. Estive em Dubai acompanhando trabalho dele lá, conheci o trabalho dele no Internacional. Conheci os pensamentos, o trabalho no Fluminense. Foi por convicção, o Mauricio auxiliar trabalhou comigo no Internacional. O preparador físico Rogério também, o Fabio na parte de vídeos. E o Carravetta, como falei, tem 25 anos de Internacional e participou de tudo, coordenador, base, profissional e preparação de atletas”, comenta.
“Estamos com uma comissão muito forte, competente e trabalhadora. O trabalho é obrigação de todos, mas são competentes. Diferença de Odair é de sete horas, conversamos com ele até tarde. É bom ver jogos, no mundo online não temos dificuldades. Vai ver alguns jogos da Copa também”, completa.