REINALDO SILVA
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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) autorizou o uso de carros fumacês em Paranavaí. O veículo é equipado com bomba de aplicação de inseticida em ultra baixo volume (UBV) e se apresenta como importante recurso para reduzir a infestação do Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
A previsão era começar a operação ainda esta semana, mas a falta de inseticida adiou os trabalhos. A 14ª Regional de Saúde estima que a reposição do insumo aconteça na próxima semana.
Eficaz contra o inseto alado, o veneno é fornecido pelo Ministério da Saúde para os governos estaduais. Quando o município solicita o UBV, a Regional de Saúde verifica a documentação, a realização de mutirões de limpeza, a colocação de armadilhas para a contagem de ovos e a densidade de infestação. Cumpridos todos os requisitos, emite um parecer para a Sesa, responsável pela liberação do carro fumacê.
Até agora, o equipamento de ultra baixo volume foi utilizado em dois municípios da Região Noroeste, Inajá e Planaltina do Paraná. Aguardam a chegada do inseticida Paranavaí e Tamboara.
A falta do veneno é explicada pela alta demanda. Com o avanço dos índices de infestação do Aedes aegypti, a circulação viral aumentou e o número de casos positivos de dengue explodiu. O cenário de epidemia que preocupa o Paraná também tem se espalhado por todo o Brasil, comprometendo o fornecimento de inseticida.
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde informou que havia normalizado os estoques, em situação crítica desde o início de 2023. Foram distribuídos 142,5 mil quilos de larvcida, 9,6 mil quilos de adulticida para aplicação residual em pontos estratégicos e 156,7 mil litros de adulticida para aplicação espacial e ultra baixo volume.
À época, o Ministério da Saúde também anunciou que o Governo Federal adquiriu mais 400 mil quilos de larvicida e 12,6 mil quilos de adulticida para aplicação residual.
Limpeza – Desde a semana passada, agentes de combate a endemias (ACEs) e comunitários de saúde (ACSs) estão nas ruas da cidade para vistoriar imóveis e eliminar focos de larvas do Aedes aegypti. O mutirão de limpeza alcançou as regiões com maiores índices de infestação do mosquito, conforme apontou levantamento feito em janeiro deste ano.
A Vigilância em Saúde calcula que os trabalhos sejam concluídos nesta sexta-feira (16), se as condições do tempo contribuírem. A partir da próxima semana, os ACSs retomarão as atribuições de origem e os ACEs seguirão com as ações de prevenção e combate à dengue.