De acordo com o levantamento Saneamento e Doenças de Veiculação Hídrica 2019, do Instituto Trata Brasil, no país foram registradas 273.403 internações com doenças de origem hídrica que escancaram a falta de saneamento básico e mostra uma situação de sobrecarga do sistema de saúde. A divulgação aconteceu na última semana.
Esse número quer dizer um aumento de 30 mil hospitalizações, se comparar com 2018, além de 2.734 mortes. A incidência de internações foi de 13,01 casos por 10 mil habitantes, gerando R$ 108 milhões de gastos ao país. O estudo foi realizado com dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e o Datasus.
Segundo o estudo, dividido em regiões, o Maranhão se destaca como o Estado com mais internações, 38,2 mil casos. Outros Estados com números alarmantes são: Bahia registrou com 23,3 mil, Minas Gerais com 24,7 mil, São Paulo com 26 mil e Para com 28 mil.
Avaliação – Para Renata Moraes, diretora-presidente do Instituto Iguá de Sustentabilidade, os dados revelam que o Brasil ainda tem muito a trabalhar em relação ao saneamento básico. “Atualmente, temos mais de 35 milhões de pessoas sem acesso à água potável, o que corresponde a 17% da população. Quase metade dos habitantes não têm esgoto tratado. A maior parte deles é composta por cidades pequenas, cujos os prefeitos não estão preparados. Muitos municípios sequer desenvolvem plano de saneamento básico e, sem ele, não conseguem nem recursos para esta gestão”, disse Renata.
O Instituto Iguá de Sustentabilidade nasceu da intenção da Iguá Saneamento em fazer a diferença no setor de saneamento, promovendo a ampliação do impacto social dessa atividade. Para isso, assumiu a missão ambiciosa de contribuir para a universalização do saneamento no Brasil, por meio da inovação no setor e da educação para o desenvolvimento sustentável. “O nosso objetivo é desenvolvendo soluções inovadoras ligadas a essa temática e que possam, com isso, fomentar esse ecossistema. Com soluções já em escala e de forma colaborativa, juntando o setor como um todo. A colaboração permite mudanças sistêmicas. Todo mundo fazendo sozinho não consegue fazer muito, por isso precisamos unir forças sempre”, finalizou Renata.