Igor Mateus Lima
Da Redação
Sexta feira, 19 de maio de 2023, 7h30. Parecia um dia normal como qualquer outro, mas não para Djeniffer Fernanda. Como de costume, a jovem, de 26 anos, tomou o café da manhã e saiu de motocicleta para trabalhar. No cruzamento entre a Rua do Aeroporto e a Avenida Heitor Alencar Furtado, no Jardim Santos Dumont, foi atingida por um automóvel que furou o sinal vermelho. O acidente gerado pela imprudência no trânsito teve graves sequelas: os médicos tiveram que amputar o pé esquerdo.
Sem condições financeiras para bancar as sessões de fisioterapia e a colocação da prótese, estimadas em mais de R$ 25 mil, familiares e amigos – sensibilizados com a história – criaram uma corrente do bem nas redes sociais para ajudar Djeniffer. Até o momento, 227 pessoas ajudaram a ‘vaquinha’ online, somando R$ 10.764,01 arrecadados.
Internação – Foram aproximadamente 90 dias na Santa Casa de Paranavaí. Por complicações ao logo deste tempo, ela chegou a ser transferida para Maringá e Londrina. “A fratura ficou exposta no tornozelo do pé esquerdo, o osso do calcanhar moeu e acabei perdendo parte dele. Além disso, também tive complicações no quadril. Em Londrina, o médico sugeriu tentar fazer a parte plástica do pé, porém, eu estava com um fixador externo e já tinha gerado uma inflamação”, relata a jovem que perdeu, naquele momento, a esperança de continuar tratando do pé, “não teria a firmeza necessária no calcanhar ao pisar e continuaria sentindo muita dor. Caso a inflamação se espalhasse, muito provavelmente os médicos teriam que amputar a perna inteira”, conta.
Pela saúde e segurança, a decisão foi tomada junto com os pais. “Tratei a inflamação que realmente tinha e agora minha vida melhorou quase que 100%. É muito difícil ficar em uma cama de hospital por todo esse tempo”, afirma.
A Mãe, Valdireni Ferreira, se emociona ao lembrar do momento de desespero. “No hospital, o médico disse que o pé dela estava muito gelado, com aspecto de “morto”, ele fez o possível para salvar e utilizou o termo “montar um quebra cabeça” no pé dela, pois estava todo aberto, todo desconfigurado. Eu chorei muito, pois ele disse que não teria jeito”, lamentou.
De acordo com a família, caso Djeniffer optasse por continuar com o tratamento, sofrendo dor e sem sustentação de apoio (por ter perdido o osso do calcanhar), seria vários anos vivendo dentro de um hospital, sem a certeza de que conseguiria de fato atingir um resultado satisfatório, além de correr sérios riscos de a inflamação se agravar.
Agora, para voltar a ter vida normal, ela precisa realizar sessões de fisioterapia e colocar uma prótese. “No primeiro momento colocamos R$ 20 mil, mas após fazer cotações percebemos que só o valor da prótese seria mais ou menos esse valor, portanto, vamos ter que aumentar”, afirma Valdireni.
Elas agradecem a todos que ajudaram até o momento. Qualquer quantia é bem-vinda.
SERVIÇO
Link para doações: https://www.vakinha.com.br/3943762. O valor mínimo permitido pela plataforma “Vakinha” é de 25 reais. Ao doar, você concorre a um prêmio de 15 mil reais.
Para outros valores, a alternativa é o PIX:
BRADESCO
VALDIRENI FERREIRA DOS SANTOS
CPF: 015.458.709-50
Parabéns pela matéria! Há uma sensibilidade admirável ao descrever o fato tão lamentável.