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FECOMÉRCIO

Famílias de menor renda estão se endividando mais para manter itens prioritários

O endividamento dos paranaenses se manteve estável em janeiro, com leve tendência de redução. De acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), o total de endividados no Paraná foi de 93%, praticamente o mesmo índice de dezembro, quando foi de 93,1%.

Na comparação com janeiro de 2021, porém, a parcela de endividados ficou maior em 3,9 p.p., quando marcava 89,1%. Entretanto, as condições de pagamento das dívidas estão melhores: 20,7% estavam com as contas em atraso em janeiro deste ano, ante 26,3% em janeiro de 2021. Já as famílias sem condições de pagar seus débitos foram 7,6% em janeiro, contra 11,9% no mesmo mês do ano passado.

Esse cenário indica que os paranaenses estão arriscando mais, por estarem mais seguros no emprego e otimistas por um upgrade na carreira. Conforme demonstrou a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de janeiro, a avaliação sobre o Emprego Atual cresceu 3,7% de dezembro para janeiro e a Perspectiva Profissional aumentou 1,9%. Esta tendência é corroborada por dados divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou redução de 11,6% na taxa de desocupação no trimestre encerrado em novembro, com relação ao trimestre anterior. Confiantes em relação aos rendimentos, os consumidores estão aumentando as compras a prazo e estão conseguindo manter seus compromissos financeiros em dia. Tanto que as dívidas no cartão de crédito e o financiamento imobiliário cresceram nas variações mensal e anual.

Tipo de dívida

O cartão de crédito concentrou 77,5% das dívidas em janeiro, ante 71,7% em dezembro/2021. Já o financiamento de imóveis correspondeu a 9,2% no mês passado e a 7,6% em dezembro. O financiamento de veículos, que apresentou consecutivas altas em 2021, começa a recuar, sobretudo devido aos juros elevados. Em dezembro, as dívidas com a prestação de carro somavam 13,3% e em janeiro foram 7%. Além do mais, o financiamento de veículos conta com uma desvantagem se comparado ao de imóveis, já que o crédito imobiliário no Brasil é bem mais barato do que o de veículos. Outro ponto é que imóveis tendem a se valorizar ao longo dos anos. Por isso, muitos consumidores têm buscado poupar para comprar um carro à vista, tentando fugir do financiamento. O que, claro, é mais fácil para quem tem uma renda mais alta. A PEIC mostra que apenas 1,3% das famílias com renda acima de dez salários mínimos se endividam para aquisição de veículo, enquanto 8,2% das famílias de menor renda recorrem ao financiamento.

Apesar de uma proporção da população conter dívidas, o Paraná segue a tendência nacional, com estabilidade no endividamento (76,1% em janeiro/2022 ante 76,3% em dezembro/2021).

Endividamento por faixas de renda

A ligeira queda mensal no indicador de endividados no Paraná foi impulsionada principalmente pelas famílias de maior renda, que passaram de 97,0% em dezembro de 2021 para 94,6% em janeiro. Já entre as famílias de menor renda o endividamento subiu de 92,3% em dezembro para 92,6% em janeiro e observa-se que estão recorrendo ao endividamento para manter itens prioritários. Pesquisa realizada pelo Ipec para o ICS (Instituto Clima e Sociedade) mostra que 22% dos brasileiros, diante da alta das tarifas de energia e água, estão trocando o pagamento da conta de luz pela compra de alimentos básicos, como arroz e feijão.

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