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Em 1998, Adriano Moraes e Paula Campos declamaram o poema Lembranças, de autoria de Paulo Campos
Foto: Arquivo/Fundação Cultural
Em 1998, Adriano Moraes e Paula Campos declamaram o poema Lembranças, de autoria de Paulo Campos Foto: Arquivo/Fundação Cultural

MÚSICA E POESIA

Femup reacende memórias de velhos conhecidos e fortalece o movimento artístico de Paranavaí

Adriano Moraes e Paula Campos, que já declamaram no Festival, conversaram com o Diário do Noroeste e falaram da experiência que vivenciaram dentro do cenário cultural da cidade

REINALDO SILVA

Da Redação

Mãe Maria,

ajudou pai

semear grama

até ficar triste,

murcha, perdida,

no mundão verde

que torce a colina

para trás dos montes.

Em 1998, os versos do poema Lembrança ganharam vida nas vozes de Adriano Moraes e Paula Campos, que declamaram as palavras, as memórias e os sonhos do escritor Paulo Campos. Foi durante o Festival de Música e Poesia de Paranavaí (Femup), naquele ano realizado na Sociedade Paranavaiense de Desportos e Cultura (SPDC).

Estamos em 2025, e o Femup chegou à 60ª edição. Segundo a Fundação Cultural, trata-se do festival brasileiro do gênero de maior duração, e ininterrupto, da atualidade.

Adriano Moraes é professor de teatro no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Paula Campos é professora de língua portuguesa da rede estadual de ensino do Paraná e leciona no Colégio Cívico-Militar Silvio Vidal, em Paranavaí.

Os dois conversaram com o Diário do Noroeste sobre a participação no Femup há 27 anos. Falaram do envolvimento com o poema, da beleza da declamação, das experiências com o universo artístico. Resgataram lembranças – talvez – adormecidas com o passar do tempo, mas sempre vívidas no coração.

Quem conhece Adriano e Paula – e como é o meu caso, vou me permitir chamá-los pelo primeiro nome, fugindo um pouquinho das normas tradicionais do jornalismo – sabe da importância que o teatro e a poesia têm para eles. Não raro, em conversas presenciais ou a distância, viajam para trás dos montes e revisitam episódios daquela época.

Memórias – Sobre a noite de declamação, lá, na ida década de 1990, Adriano disse: “Nesse caso especificamente, nós tivemos contato direto com Paulo Campos e com a forma muito sensível de direção dele, poeta e autor naquele momento”.

Paula relembrou: “Essa foi uma noite memorável. Houve a conjunção de três fatores importantíssimos para mim: participar do Femup – o que fiz por 17 anos, repleta de alegria; declamar um grande poeta, Paulo Campo, que, coincidentemente, chamo de pai (rs); e estar num dueto com esse grande artista e parceiro de vida, que é o Adriano Moraes”.

A respeito do Femup, Adriano acrescentou: “O Festival significa para Paranavaí uma formação continuada de artistas. As pessoas se abastecem de energia artística. A gente encontra poemas, os mais diversos, a gente vibra com todas as declamações e as defesas das canções, então acho que esse momento do Festival é muito importante”.

O Femup torce a colina e supera os limites geográficos ao reunir participantes de diferentes partes do Brasil. Neste ano, 2025, o edital registrou 1.442 inscrições de 350 municípios brasileiros, alcançando os 26 estados e o Distrito Federal, além de Stoumont (Bélgica), Grenoble (França) e Lisboa (Portugal). Os trabalhos se dividiram em quatro modalidades, conto, poesia, música e declamação.

Programação – A programação do Festival segue neste sábado (15) com atividades ao longo de todo o dia, sempre na Praça dos Pioneiros. Às 9h30, leituras dramáticas; às 14h30, lançamento de livros; e às 20h, apresentações de 12 canções e 6 declamações de poesias.

O público também poderá visitar o Memorial do Femup (espaço de exposição), uma feira com estandes de instituições parceiras, e o Espaço Femup, que seguem abertos até a última noite.

O encerramento será no domingo (16), a partir das 17h30, com shows do 43duo e do grupo Gralha Azul, seguidos da apresentação do cantor Nando Reis.

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