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Foto: Arquivo DN
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INFRAESTRUTURA

Fiep e Socipar unem forças a favor da duplicação da BR-376 de Paranavaí a Nova Londrina

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Uma empresa de engenharia de São Paulo, a Perplan, foi contratada para fazer a contagem de fluxo de veículos na BR-376, no trecho entre Paranavaí e Nova Londrina. O trabalho se estenderá por sete dias e o relatório final deverá ser conhecido até 12 de março. O objetivo é comprovar a necessidade da duplicação, obra que não está prevista no novo contrato de concessão das rodovias paranaenses.

A iniciativa é da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar) e tem o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Outras empresas e entidades são parceiras e estão contribuindo com o custeio do trabalho de contagem de tráfego.

O gerente da Fiep João Arthur Mohr conversou com o Diário do Noroeste e disse que a duplicação é estratégica para o desenvolvimento do Extremo-Noroeste do Paraná. Citou o exemplo de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, município que mais tem atraído investimentos em todo o Estado. Um dos principais fatores levados em conta para a instalação de novas empresas para aquela região é a rodovia duplicada até o Porto de Paranaguá.

No caso de Paranavaí até Nova Londrina não será diferente. Apesar da maior distância, as pistas duplas facilitarão o escoamento das produções agrícolas do Centro-Oeste, ampliando as oportunidades de exportação pelo Porto de Paranaguá. “Quando uma indústria vai se instalar em uma cidade, considera vários itens: segurança, conforto e qualidade de vida”, disse o gerente da Fiep, afirmando que a duplicação da BR-376 garantirá esse resultado.

É preciso considerar o avanço do projeto de construção da ponte ligando Paraná e Mato Grosso do Sul. Em janeiro, a Itaipu Binacional anunciou o investimento de R$ 3 milhões para o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea), com prazo de conclusão de seis meses a um ano.

Havendo resultado positivo, a previsão é de até quatro anos para que a obra esteja pronta. Assim sendo, o trajeto para o transporte de grãos do Centro-Oeste até o Porto de Paranaguá terá redução de aproximadamente 150 quilômetros. Atualmente, é preciso entrar no Estado de São Paulo, avançando pela rodovia que margeia a Hidrelétrica de Primavera.

Questionamento – O presidente da Socipar, Demerval Silvestre, informou que um estudo de 2015 indicava a passagem de 10.700 eixos por dia no trecho da BR-376 de Nova Esperança a Paranavaí. O levantamento foi realizado pela empresa que administrava a rodovia, a Viapar, a fim de comprovar a necessidade da duplicação entre as duas cidades, obra entregue em 2019.

No entanto, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) têm números diferentes. De acordo com Silvestre, constam na contagem atual pouco mais de 4.000 eixos por dia. O fluxo é considerado baixo, por isso a duplicação de Paranavaí a Nova Londrina não foi incluída no novo contrato de concessão de rodovias do Paraná. A defasagem precisa ser confirmada, o que será possível com o novo levantamento de tráfego.

O gerente da Fiep João Arthur Mohr explicou que, a partir de então, as entidades paranaenses enxergam duas possibilidades de argumentação junto ao Governo Federal. A primeira seria incluir a duplicação do trecho entre Paranavaí e Nova Londrina no contrato de concessão. A outra, carimbar parte dos recursos que serão destinados a obras além da proposta inicial.

O documento inicial prevê apenas a inclusão de terceiras faixas em alguns pontos da rodovia, com o objetivo de aumentar a fluidez e facilitar a ultrapassagem, mas não serão suficientes, avaliou Mohr. O trecho de Paranavaí a Nova Londrina tem aproximadamente 77 quilômetros.

Trecho da BR-376 de Paranavaí a Nova Londrina, com pista simples e alguns pontos com terceiras faixas, tem aproximadamente 77 quilômetros
Foto: Arquivo DN
Demerval Silvestre aponta divergências nos registros de tráfego e questiona a defasagem dos números do Governo Federal
Foto: Arquivo DN
João Arthur Mohr afirma que a duplicação da rodovia é estratégica para o desenvolvimento econômico do Extremo-Noroeste do Paraná
Foto: Divulgação

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