REINALDO SILVA – reinaldo@diariodonoroeste.com.br
A Feira Internacional da Mandioca (Fiman) agrega todo o setor produtivo e potencializa a cultura – que é tão importante para a economia de Paranavaí, do Paraná e de todo o Brasil. A avaliação é do presidente do evento, Mauricio Gehlen, que destaca a participação de representantes do campo e da indústria na busca por inovação e negócios comerciais.
“O produtor vem para a feira e vê novas variedades desenvolvidas pelos órgãos de pesquisa, equipamentos para usar no campo e ter a oportunidade de produzir mais e melhor. Temos também na indústria equipamentos que vão agregar valor. Tudo isso a gente oportuniza no mesmo ambiente.”
A abertura oficial da Fiman, na tarde de terça-feira (21), reuniu lideranças políticas e de entidades ligadas à agricultura. Entre os convidados estava o secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, que representou o governador Carlos Massa Ratinho Júnior e falou sobre a importância da mandiocultura para a economia paranaense. “Temos nichos de mercado importantes. Mesmo com as oscilações, o produtor rural que permanece no setor é bem remunerado.”
De acordo com Ricardo Barros, “os empresários que quiserem importar uma máquina nova apresentada aqui [na Fiman] e investir no crescimento, vamos poder apoiar através do governo, para que possam ofertar cada vez mais emprego e renda”.
O secretário cita plataformas de investimentos acessíveis para os produtores rurais e o setor industrial, caso do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), da Fomento Paraná e da Invest Paraná.
Protagonismo – Em entrevista ao Diário do Noroeste, Mauricio Gehlen ressalta a necessidade de a cadeia produtiva da mandioca assumir o protagonismo econômico, o que exige investimentos em novas tecnologias e novos equipamentos para tecnificar as lavouras sem comprometer o meio ambiente. Isso também terá reflexos sobre a produção industrial, garante.
As palestras ministradas ao longo dos três dias da Fiman pretendem fazer com que a mandiocultura assuma o papel de destaque e incentivar a expansão das transações comerciais. “O Brasil tem o hábito do consumo interno. Temos que encontrar meios e formas de oportunizar os mercados internacionais para equilibrar a economia e termos uma cultura cada vez mais forte.”
Equilíbrio é fundamental, diz Mauricio Gehlen, que aponta a oscilação de preços como um dos grandes desafios a ser vencido. “Temos anos com muita sobra de produção, o preço cai. Temos anos com falta de produção, o preço sobe. Não queremos essa sazonalidade, gostaríamos da constante.”
Pronunciamentos – Ao falar durante a abertura da terceira edição da Fiman, o prefeito de Paranavaí, Carlos Henrique Rossato Gomes (Delegado KIQ), destaca que os produtos derivados da raiz de mandioca estão além do mercado alimentício, chegando, por exemplo, à indústria farmacêutica, que utiliza fécula para fazer medicamentos. Isso revela versatilidade e expõe ainda mais a necessidade de desenvolver a cultura.
O presidente do Sindicato Rural de Paranavaí, Ivo Pierin Júnior, reconhece que há muito para evoluir, especialmente porque a produção brasileira de mandioca tem participação pequena no comércio internacional. A Fiman traz oportunidades para mudar esse cenário, especialmente porque uma grande safra se aproxima, com preços interessantes que podem alavancar as exportações.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), Rafael Cargnin, reitera a importância da Fiman como vitrine para o setor mandiocultor de todo o Noroeste do Paraná. A feira apresenta a qualidade dos produtos derivados da raiz de mandioca e mostra que o setor tem grande potencial.
Fiman – As atividades da Fiman começaram na tarde de ontem (21) e seguem até a noite de quinta-feira (23) no Parque de Exposições Presidente Arthur da Costa em Silva, em Paranavaí, sempre a partir das 13h. A entrada é gratuita.
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