BRUNO BRAZ
DA UOL/FOLHAPRESS
A final do Mundial de Clubes entre Real Madrid e Al Hilal, no Marrocos, onde os merengues sagram-se campeões, foi marcada por uma invasão de torcedores em decorrência de uma consentida abertura de portões de funcionários do estádio Moulay Abdalah, em Rabat.
O UOL teve acesso a um vídeo que mostra o exato momento em que as pessoas acessam o local sem qualquer conferência dos ingressos ou impedimento por parte dos seguranças.
A situação ocasionou uma superlotação no estádio, e como consequência, torcedores alegam que ficaram em setores piores do que os que tinham comprado, e até mesmo nas escadas e túneis de acesso.
Um dos torcedores do Flamengo que pretende processar a Fifa na Justiça alega que mesmo possuindo o ingresso da final, foi barrado com a alegação da superlotação.
Segundo outro rubro-negro que está no grupo de Whatsapp que organiza os processos dos torcedores do Flamengo contra Fifa, esta situação da abertura de portões aconteceu ao menos umas quatro vezes durante o jogo.
A presença de torcedores do Flamengo na final entre Real Madrid e Al Hilal, mesmo com o time rubro-negro jogando no mesmo dia, se deu pela mudança repentina, por parte da Fifa, da cidade-sede que recebeu a disputa de 3º lugar, passando de Rabat para Tânger, no norte do Marrocos, a 249 km da capital marroquina.
Nesta mesma decisão, há casos de rubro-negros que compraram a categoria 1 -a mais cara e com melhor visão para o gramado- e foram alocados no pior setor, também por conta da superlotação do estádio.
Houve também promessa, por parte da Fifa, de serviço especial de trem de Rabat para Tânger após a mudança repentina, mas isto não aconteceu na prática, fazendo com que os torcedores que se dispuseram a ir para a disputa de 3º lugar tivessem que pagar a passagem integral de 189 dirhams marroquinos cada trecho (cerca de R$ 95).
Centenas de torcedores do Flamengo já se organizam para ingressar com ações contra a Fifa por conta dos prejuízos causados com a mudança da cidade-sede da disputa de 3º lugar dois dias antes da data da partida.
Nos processos serão solicitados danos morais e materiais, e eles serão feitos de maneira individualizada, de acordo com a particularidade de cada caso. Um escritório capixaba está à frente da situação jurídica.
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