Perto de subirem ao palco do Paranaense de Fisiculturismo, as competidoras paranavaienses Maria Luiza e Kelly Andrade concederam uma entrevista exclusiva ao Diário do Noroeste. Entre os assuntos tratados, as duas detalharam a preparação e os desafios para atletas da modalidade. A competição acontecerá no dia 12 de maio, em Londrina.
As motivações que levaram Maria Luiza, 44 anos, e Kelly Andrade, 31 anos, a frequentarem a academia foram diferentes. Enquanto Maria Luiza queria perde peso, Kelly Andrade buscava ganhar massa muscular. E foi nesse ambiente que elas conhecem o fisiculturismo e decidem entrar para o esporte.
Adepta do fisiculturismo a mais tempo e com algumas participações em campeonatos, Kelly foi a incentivadora para Luiza também participar do esporte.
Incentivo e parceria que continuam na preparação para o Paranaense de Fisiculturismo, períodos em que as competidoras precisam manter uma alimentação muito restrita e treinos intensos.
A rotina das competidoras começa praticando o Low Pressure Fitness – LPF, sistema de treinamento postural e respiratório que auxilia na redução de medidas da cintura. Em seguida fazem aeróbico. Ambas as atividades são em jejum. No período da tarde treinam musculação por 2h30. Elas se alimentam cinco vezes ao dia. O cardápio e a quantidade de calorias são ajustados semanalmente pelo coach Rodrigo Capello.
Além das restrições, outro desafio apontado pelas fisiculturistas é o financeiro. Elas contam que o valor de suplementação, alimentação, inscrição, biquini e a pintura corporal feita no dia competição têm custos altos. Por esses motivos pedem ajuda aos empresários e à população que apoiem financeiramente objetivando que representem o munícipio.
Com experiência de outras competições, Andrade diz que para o Paranaense as expectativas estão altas. “São grande as expectativas em comparação a físicos anteriores. Estou fazendo trabalho para ganhar.”
Já Luiza, que irá estrear, comenta sobre a ansiedade, mas não deixa de lado a confiança. “Primeira vez gera uma ansiedade, mas confio no trabalho do nosso coach”.
Ambas as atletas ressaltam que para competir não foi utilizado hormônios ou esteroides anabolizantes. “Não necessariamente é preciso fazer o uso. O importante é que você faça um trabalho constante”, explica Andrade.
Luiza afirma que por não utilizar de hormônio foi um processo ainda mais sofrido para chegar ao físico. “Foi bem sofrido e sem uso de nada”.
Sobre os bastidores da competição, Andrade conta que as competidoras chegam um dia antes para pesagem, mas a categorias delas, a Wellness, não tem divisão por peso. No dia de subir ao palco, elas precisam fazer maquiagem, pintura corporal, ajustar biquini e cabelo.
Além dos cuidados estéticos, a alimentação muda. “Fazemos o Carb-up, que comemos de 2h e 2h. Aí precisamos ficar olhando no relógio”.