RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Olimpia está na fase de grupos da Libertadores. Na noite desta quarta-feira (16), no Defensores del Chaco, o time paraguaio bateu o Fluminense por 2 a 0, e conseguiu a classificação nas cobranças de pênaltis, ao vencerem por 4 a 1.
No tempo regulamentar, o triunfo do time da casa por 2 a 0 foi construído com gols de Recalde e Paiva, que fez no fim do jogo. No primeiro encontro, no Nilton Santos, os comandados de Abel Braga já haviam vencido por 3 a 1.
A Conmebol realizará o sorteio dos grupos no próximo dia 25, em Assunção.
O Fluminense volta a campo na segunda-feira para o jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca, contra o Botafogo.
O atacante Luiz Henrique foi titular após uma semana agitada. Autor de um golaço no primeiro encontro entre os times, no Nilton Santos, o jogador se recuperou de um trauma no tornozelo direito – gerado após uma falta dura na última quarta-feira – e esteve em campo.
Longe das quatro linhas, foi revelado um acordo entre o Fluminensee o Betis, da Espanha, pelo camisa 11. A negociação envolve 13 milhões de euros, cerca de R$ 72 milhões, por 85% dos direitos, e gerou protestos da torcida contra o presidente Mario Bittencourt.
Em uma noite em que o time esteve mal, a atuação de Luiz Henrique não teve o brilho esperado. Foi substituído por Willian Bigode, ainda na parte inicial do segundo tempo.
O time paraguaio tinha a necessidade de correr atrás do placar, após a derrota no Rio de Janeiro. E assim fez. O Olimpia conseguiu ter a bola e pressionar o Fluminense, tendo boa presença na intermediária e no campo de ataque. Com uma das principais características, a bola alçada na área, o time da casa levou bastante perigo e abriu o placar.
O técnico Abel Braga fez mudanças na equipe titular, e colocou Martinelli e Arias nas vagas de Yago Felipe e Willian Bigode, respectivamente. O time fluminense, porém, “deu a bola” ao adversário, e se mostrou mais recuado que o normal. Quando conseguia ter a posse, o time buscava explorar os espaços deixados pelo adversário, mas falhava na ligação entre os setores.
O jogo começou meio morno, com os times ainda “se estudando”, mas o Fluminense assustou logo cedo. Aos 7 minutos, após levantamento na área, a bola bateu em David Braz, que, sem marcação, mandou para a rede. A arbitragem, porém, apontou um toque no braço do zagueiro, que alegou que foi no peito.
O Olimpia buscou responder rapidamente, e Derlis González recebeu na frente, mas foi assinalada posição irregular.
O jogo passou a ficar mais lá e cá, com o Olimpia indo para cima e o Fluminense conseguindo se defender. Em uma das investidas do paraguaio, Fábio fez grande defesa.
O Fluminense, por outro lado, buscando explorar os espaços dados pelo adversário, mas falhava na ligação entre os setores.
Depois de certa insistência na bola área, os donos da casa conseguiram abrir o placar no fim do primeiro tempo. Após levantamento, a bola foi escorada por Silva para a área e Recalde, de cabeça, mandou para a rede.
O Olimpia voltou do intervalo partindo para cima em busca do segundo gol. A bola ficou rondando a área do Fluminense, que passou a se segurar como pôde.
Abel tentou mudar o cenário do jogo e colocou em campo Willian Bigode e Gabriel Teixeira. E quase que as mudanças surtiram efeito imediato. Pouco após entrar, Bigode apertou a saída de bola do Olimpia, ganhou, e tocou para Gabriel Teixeira, que saiu na cara do gol. A finalização, porém, parou nos pés de Olveira.
Após bola levantada na área do Olimpia, houve rebote e David Braz foi para a dividida com um adversário, que foi de peixinho na bola. Os paraguaios acusaram o zagueiro tricolor de ter dado um chute no rosto, e se formou uma confusão. Após um breve empurra-empurra, os ânimos acalmaram.
Em um momento que o Fluminense conseguiu equilibrar as ações, e respirava um pouco mais no jogo, o Fluminense sofreu um golpe. Nino errou passe, e Paiva avançou na direção do gol de Fábio. O zagueiro fez a falta na entrada da área e acabou recebendo o vermelho.
Com um jogador a mais, o Olimpia tentou imprimir velocidade para aproveitar espaço, e o Fluminense se fechou. Júlio Cáceres fez logo mudanças no atacado, em uma tentativa de fazer o segundo.
O técnico Abel Braga colocou Luccas Claro e Pineida em campo, mas o quarto árbitro se enrolou na hora de sinalizar as substituições, e o banco do Fluminense teve de ir ajudar.
Após cruzamento Fábio defende fez boa defesa. No rebote, Derliz González bateu cruzado para a área e Paiva, de carrinho, fez o segundo.
Felipe Melo, de cabeça, dividiu próximo à linha lateral e o adversário foi ao chão. O lance fez os jogadores dos dois times se entranharem novamente.
OLIMPIA
Olveira, Otálvaro, Salcedo, Alcaraz, Gamarra (Walter González); Marcos Gómez (Luis Zárate), Ortiz, Alejandro Silva (Paiva) e Fernando Cardozo (Quintana); Derlis González e Recalde (Camacho). T: Júlio Cáceres
FLUMINENSE
Fábio, Nino, Felipe Melo e David Braz; Calegari (Pineida), André, Martinelli e Cris Silva; Luiz Henrique (Willian Bigode), Arias (Gabriel Teixeira) e Cano (Luccas Claro). T: Abel Braga
Estádio: Defensores del Chaco, em Assunção (Paraguai)
Árbitro: Roberto Tobar (Chile)
Assistentes: Cristian Schimann (Chile) e Claudio Rios (Chile)
Cartões amarelos: Fernando Cardozo, Ortiz, Olveira, Marcos Gómez, Salcedo, Paiva (OLI); David Braz, Cris Silva (FLU)
Cartões vermelhos: Nino (FLU), aos 35’/2ºT
Gols: Recalde (OLI), aos 35’/1ºT; Paiva (OLI), aos 43’/2ºT