REINALDO SILVA
Da Redação
A cadeia produtiva da citricultura, concentrada predominantemente nas regiões Norte e Noroeste do Paraná, enfrenta um desafio importante: frear o avanço do greening nos pomares comerciais. A doença afeta o desenvolvimento das frutas, o que compromete diretamente o desempenho da indústria.
Esse foi um dos temas abordados pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Vasconcellos, em entrevista coletiva à imprensa na manhã de quinta-feira (20). Em formato híbrido, o evento contou com a participação de jornalistas de forma presencial e por transmissão em tempo real pela internet.
Os efeitos do greening sobre a produção industrial foram o mote da pergunta apresentada pelo Diário do Noroeste. “Qual é o trabalho da Fiep no sentido de proteger e fortalecer a indústria citrícola?”
Para contextualizar o questionamento: o setor estima que capacidade produtiva de Paranavaí seja de aproximadamente 20 milhões de caixas por ano, mas o número não foi atingido no último biênio. Em 2023, a indústria alcançou 18 milhões. Em 2024, apenas 11 milhões.
Na resposta ao Diário do Noroeste, Edson Vasconcellos explicou que a Fiep não tem iniciativas voltadas especificamente para a agroindústria. Há, sim, uma série de ações que beneficiam todas as indústrias, independentemente do ramo de atuação.
Um exemplo prático pode ser encontrado nos Fóruns Permanentes Regionais da Indústria, com a proposta de debates sobre as prioridades para o desenvolvimento industrial de todo o estado e a elaboração de planejamentos estratégicos.
A Fiep também conta com o programa Indústria Acolhedora, do Sesi Paraná, que visa à inclusão e à empregabilidade de pessoas migrantes e refugiadas. Além da questão humanitária, trata-se de uma resposta à necessidade crítica do setor industrial paranaense: a falta de mão de obra qualificada.
Em outra frente de atuação, a Fiep, por meio do Senai Paranavaí, tem o programa Jornada da Produtividade, que amplia o acesso das indústrias a soluções inovadoras e financiamentos mais competitivos.
Todas essas ferramentas têm como objetivo final ampliar a capacidade produtiva da indústria e fortalecer o setor em todo o Paraná, concluiu Vasconcellos.