Rafael Octaviano de Souza
Após a eliminação do Brasil no Pré-Olímpico de futebol, o atual bicampeão olímpico fica de fora da principal competição “amadora” da modalidade, fato que havia ocorrido pela última vez em 2004 na cidade de Atenas na Grécia. A equipe canarinha encerrou sua participação no quadrangular final disputado em Caracas na Venezuela com derrota para a Argentina pelo placar de 1 a 0.
Na primeira fase, os comandados de Ramon Menezes sofreram com desempenhos irregulares ao longo da competição. Na primeira fase, foram três vitórias (Bolívia, Colômbia e Equador), e uma derrota para a Venezuela. Já na fase final, onde as vagas efetivamente se definiam, a seleção se complicou logo na estreia, onde foi derrotada pelo Paraguai pelo placar de 1 a 0, voltou a competição com uma vitória por 2 a 1 na revanche contra a Venezuela, mas deu adeus diante da rival Argentina (0 a 1) na partida decisiva. O Brasil que vinha de duas conquistas em Tóquio (2020) e Rio de Janeiro (2016), viu Argentinos e Paraguaios garantirem a classificação.
A pergunta é, será mesmo que Ramon Menezes é o principal responsável por essa eliminação? Em um passado recente, o Brasil coleciona fracassos como a eliminação precoce na Copa do Mundo do Catar em 2022, no Mundiais Sub-17 e Sub-20, na Copa do Mundo de Futebol Feminino, todos em 2023, e ocupa a 6ª colocação nas Eliminatórias para a Copa de 2026. Nomes como, Tite, Fernando Diniz, Pia Sundhage e outros, foram fritados por uma falta de organização, planejamento, e interesses escusos de uma entidade que não possui a mais mínima condição de reconduzir o país ao mais alto posto do futebol mundial.
Com a criação da Lei da SAF, a criação das Ligas, a CBF fica em tese responsável diretamente apenas pelas suas seleções, ao que faz com muita incompetência. Sempre as voltas com suspeitas de irregularidades, a entidade assim como outras, funciona como um “cartório”, a base de interesses pessoais e coletivos para que tudo permaneça como está, ou piore. Como se não bastasse tudo isso, passamos a vergonha de anunciar Ancellotti como novo treinador para 2024, quando pelo menos eu, nunca vi uma fala sequer do treinador confirmando essa “pataquada”.
As boas notícias, se é que podemos considerar, é a chegada de Dorival Junior, uma pessoa de bem, e com boa capacidade para dirigir nossa seleção. Outra notícia boa, foi a conquista da Copa América pela Seleção Brasileira de Futsal no Paraguai com vitória sobre a Argentina pelo placar de 2 a 0, garantindo além do título, vaga na Copa do Mundo no Uzbequistão.