O empate em 0 a 0 entre Atlético Clube Paranavaí (ACP) e Foz do Iguaçu neste domingo (29), pela ida da semifinal da Segundona do Campeonato Paranaense de Futebol, foi marcado por uma situação que causou apreensão em quem estava no Estádio Municipal Doutor Waldemiro Wagner. O goleiro Carlão, do Foz do Iguaçu, precisou deixar o gramado de ambulância e foi encaminhado para o hospital.
Durante os 45 minutos iniciais da partida em Paranavaí, o goleiro sofreu dois choques na cabeça, porém continuou em campo. Ao descer para os vestiários, relatou estar com dores na cervical, mas mesmo assim retornou para o segundo tempo.
Durante o aquecimento para a etapa final, uma bola pingou na pequena área e acertou o rosto do atleta. Após o imprevisto, ele desmaiou, foi atendido pelas equipes médicas do clube e deixou o gramado de ambulância. Antes de sair do estádio, o goleiro já estava acordado.


O Diário do Noroeste entrou em contato com assessoria do Foz do Iguaçu, que informou que o atleta está bem. Logo após o jogo contra o ACP, ele teve alta hospitalar e viajou. Já em Foz do Iguaçu, foram feitos novos exames que não apresentaram alterações.
A assessoria do Foz também confirmou que foi aberto o protocolo de concussão, porém não acrescida mais uma substituição, pois a troca dos goleiros aconteceu antes de a bola rolar para a segunda etapa.
A Fifa implementou o protocolo para a proteção de jogadores com lesões na cabeça durante as partidas desde o dia 1º de julho de 2024. A medida busca garantir a segurança dos atletas, concedendo aos médicos a autonomia para avaliar e tomar decisões sobre a condição de jogadores que possam ter sofrido concussões cerebrais.
Segundo a norma da International Football Association Board, órgão que regulamenta as regras do futebol, os médicos do clube devem informar ao quarto árbitro sobre a lesão, permitindo a troca do jogador sem que isso afete o limite de substituições regulares da equipe.