O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou nesta quarta-feira (8), na abertura de sua participação em mais uma edição do Show Rural Coopavel, em Cascavel, na região Oeste, que os investimentos constantes do setor em plantas industriais e na modernização do cultivo das lavouras, dentro do sistema cooperativista, aliado às políticas do Governo do Estado voltadas ao agronegócio e infraestrutura formam um modelo ideal para a continuidade do crescimento da economia do Paraná, a quarta maior do País.
Segundo ele, a força da agroindústria tem dado sinais que o Paraná está próximo de subir ainda mais de patamar no PIB nacional, graças a essa união. De acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), para cada R$ 100 milhões de aumento na produção agropecuária dos cooperados paranaenses são acrescidos R$ 72 milhões ao PIB do Estado, de forma direta e indireta.
“O agronegócio é a locomotiva do Paraná. A função do Poder Público é colaborar para que tenhamos um ambiente de crescimento e novas tecnologias. A supersafra e a safrinha serão muito boas, com chuvas regulares. Isso vai impulsionar o Paraná a ser ainda mais essa grande locomotiva do mundo na área de alimentos”, disse. Apenas em 2022, mais de 200 países compraram produtos paranaenses, grande parte do segmento agroindustrial (cerca de um terço do que é exportado advém do campo).
Ratinho Junior disse que o Estado terá a missão de produzir ainda mais para atender as demandas nacionais e internacionais nos próximos anos. O Paraná deve produzir 24,7 milhões de toneladas de grãos na próxima safra e mantém em ritmo de crescimento as cadeias agroindustriais ligadas à proteína animal: aves, suínos, peixes, ovos e leite. Para isso, o Governo tem se preparado com uma série de projetos, principalmente nas áreas hídrica, de infraestrutura e de energia, para potencializar essa produção.
“A projeção para os próximos 10 anos de consumo de commodities é que o mundo vai precisar plantar 20% a mais e 80% dessa produção será na América Latina, cerca de 70% do Brasil. Por isso temos que aumentar a produção. O Paraná tem quase a totalidade ocupada e produzindo, então temos que potencializar isso dentro dessa própria área”, ressaltou.
As 61 cooperativas agropecuárias do Paraná serão fundamentais nesse processo. Elas registraram R$ 162 bilhões de movimentação econômica em 2022 e empregam 109,9 mil pessoas, além de 206,5 mil produtores cooperados.
“Só as cooperativas do Estado já anunciaram mais de R$ 30 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos, por isso temos que garantir energia e água suficientes para suportar todos esses investimento. É dentro dessa parceria que estamos trabalhando”, complementou. Ele citou programas em andamento, como o Paraná Trifásico, o Renova Paraná e o Banco do Agricultor Paranaense, e novidades, como um grande planejamento de investimentos em recursos hídricos.
A ideia é formatar um grande plano interssetorial para poder definir as bacias prioritárias para o uso na irrigação, sedentação animal, produção industrial e diluição de afluente, entre outros.
Além disso, o governador também destacou outros projetos do Estado que contribuem para o impulsionamento do setor, como as obras de infraestrutura e logística da região Oeste, como o novo Trevo Cataratas e as duplicações da BR-277 e do Contorno Norte de Cascavel, aguardadas há 30 anos pela população. Ele também citou o novo pacote de investimentos, À Frente Paraná, anunciado nesta terça-feira (07), com investimentos na casa de R$ 3,4 bilhões. Na região, também lembrou da parceria com a prefeitura para pavimentação de 1.200 quilômetros de estradas rurais.
Ele ainda destacou outro fator importante para o impulsionamento do setor: o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação, que ampliará ainda mais o mercado internacional para a venda de suínos do Estado, principalmente para países como Japão e Coreia.
Parceria – O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, ressaltou o impacto do Show Rural e do sistema cooperativista para a região. “É um evento de seis dias, mas trabalhado por muito tempo. Mas o mais importante é a gente saber que isso acontece todos os dias em outro local, que é o campo, onde nós produzimos para o Paraná, o Brasil e o mundo. É o primeiro, depois de 35 edições, que nós temos o prazer de passar pelo Trevo Cataratas novo e por essa duplicação na BR-277, o que mostra o casamento ideal entre o setor público e privado”, disse.