Não é novidade que aproximadamente 90% das empresas no Brasil são familiares, segundo dados do IBGE e do Sebrae. Entretanto, de cada 100 negócios abertos e bem-sucedidos, apenas 30 chegam na 2ª geração e somente 5 alcançam a 3ª geração. É muito comum que as empresas familiares caiam num ciclo de conflitos e acabem acumulando problemas por não darem atenção a pontos muito sensíveis e importantes para a sua jornada de sucesso, que acabam sendo motivo de fracasso.
Para auxiliar fundadores, empresários, sócios e herdeiros a conhecerem e elaborarem mecanismos para a perpetuação dos valores e proteção do patrimônio, como estratégia para aumentar a longevidade das empresas, a Legado e Família, primeira comunidade destinada a empresas familiares do mundo que promove aprendizado e conscientização para a sustentação e sustentabilidade das organizações familiares, realiza a primeira edição do curso “Governança Familiar: facilitando as interações familiares e ampliando o reconhecimento dos membros com o negócio, a propriedade e a família”.
“Criamos esse curso para auxiliar as famílias em um tema que muitas vezes acaba sendo negligenciado, não por falta de interesse e sim por falta de informação sobre quais caminhos e mecanismos são necessários para encontrar a solidez da família empresária. Algumas situações impedem a longevidade dos negócios familiares como, por exemplo, a ausência de um documento que registre a histórias e os valores da família, a falta de mecanismos que aproxime as novas gerações e promova o senso de pertencimento desses membros, um conselho de família que trate exclusivamente dos assuntos da família, a falta de formação de herdeiros e o preparo de sucessores, a ausência de direcionamento para a sucessão do patrimônio e da gestão, a ausência de regras para a resolução de conflitos, além da falta de estratégia para administrar todo o patrimônio da família e suas demandas pessoais”, afirma Monique de Souza Pereira, Diretora Geral do Legado e Família.
Ausência de comunicação e conflitos – A comunicação entre os membros da família pode ser responsável pelo sucesso ou pelo fracasso da empresa familiar. Parece exagero, mas problemas de comunicação podem destruir relações, gerar ou aumentar conflitos e colocar em risco a saúde e a longevidade da empresa. Seja por divergências geracionais ou por questões mais voltadas para a gestão, os conflitos familiares precisam ser resolvidos por meio do diálogo.
“Quando se consegue abrir o diálogo, as pessoas se sentem compreendidas e mais pertencentes ao grupo familiar. Essa sensação de inclusão contribui para a coesão da família. Aprender a dialogar significa um passo importante, pois facilita a composição de acordos e a instauração de propostas inseridas em projetos da governança familiar, como a construção de um Protocolo de Família”, afirma Adriana Rocha, mediadora de conflitos, coordenadora Adjunta de Empresas Familiares do IBGC Capítulo Rio de Janeiro e autora do Código de Conduta para Empresas Familiares.
Outra questão importante quando se fala em mediação e resolução de conflitos é o relacionamento interpessoal. “Não raramente, famílias se desfazem ou entram em atrito por conta de divergências de opiniões ou conflitos criados na empresa, que acabam por ultrapassar as barreiras corporativas e se infiltram nas relações dos membros familiares, alimentando a discórdia e a desunião, que pode acabar gerando não apenas a destruição do patrimônio, como também reverbera negativamente no círculo familiar”, explica Marcelo Girade Corrêa, mediador da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem – CAMARB, da CAMES, e da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial – CBMAE. Ele destaca que a mitigação dos conflitos negativos e a resolução saudável dos problemas muitas vezes pode demandar de uma maturidade que, ao primeiro contato, a família não possui, sendo imprescindível ter acesso a ferramentas e estratégias essenciais para gerenciar melhor os conflitos ou divergências que são inevitáveis no âmbito familiar.
Curso Governança Familiar – Com duração de 12 horas, divididas em seis encontros ao vivo e online, o curso abordará temas inéditos e pouco abordados em Governança Familiar, trazendo assuntos para o fortalecimento das famílias empresárias e seus negócios, como: Protocolo de Família, mediação de conflitos, Conselho de Família, os desafios da passagem do bastão, preparação de herdeiros para atuação ou acompanhamento nos negócios, além de estruturas, pautas e requisitos para Conselho Consultivo, Conselho de Sócios, Conselho de Administração e Family Office.
O curso conta com instrutores renomados e convidados especiais, como Adriana Rocha, mediadora de conflitos, coordenadora Adjunta de Empresas Familiares do IBGC Capítulo Rio de Janeiro e autora do Código de Conduta para Empresas Familiares; Marcelo Girade Corrêa, mediador da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem – CAMARB, da CAMES, e da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial – CBMAE; e Hugo Nisembaum, um dos criadores do Mapa de Talentos, um instrumento de assessment criado a partir da perspectiva da Psicologia Positiva, que identifica os principais talentos de uma pessoa e distingue de maneira clara as capacidades naturais da pessoa do que pode ser aprendido (conhecimentos, habilidades e experiências). O curso contará ainda com a presença de Dóris Wilhelm, conselheira Fiscal da Gerdau, Grupo Pão de Açúcar, entre outras grandes empresas; Patrícia Bentes, presidente do Conselho de Administração da Companhia Melhoramentos de São Paulo; e Mariana Brandileone; sócia-fundadora da Alocc Gestão Patrimonial.
As aulas têm início no dia 13 de outubro. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site legadoefamilia.com/curso-governanca-familiar/.
Serviço:
Curso Governança Familiar
Datas: 13, 14, 19, 21, 26 e 28 de outubro
Horário: das 10h às 12h (online ao vivo) – as aulas ficarão gravadas
Mais informações e inscrições: legadoefamilia.com/curso-governanca-familiar/