SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um sindicato que representa os servidores do Banco Central, em greve desde sexta-feira (1) por tempo indeterminado, informou hoje que uma reunião foi marcada para amanhã e que espera uma proposta oficial por parte do governo. Eles reivindicam reestruturação de carreira e recomposição salarial de 26,3%.
Segundo o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), o encontro está marcado para as 10h30 de amanhã, entre representantes do sindicato e Leonardo Sultani, titular da Secretaria de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia. Caso não haja proposta, o sindicato afirma que vai intensificar a paralisação.
Conforme o Sinal, a expectativa de adesão da greve está em torno de 60%, e a greve poderá afetar o Pix. Na semana passada, o BC informou que, em razão da greve dos servidores da autarquia, não divulgaria hoje o relatório Focus, com projeções do mercado para indicadores econômicos, como rotineiramente acontece.
Até o momento, cerca de 725 comissionados entregaram suas comissões, diz ainda o sindicato.
Desde o fim do ano passado, diversas categorias de servidores públicos pressionam o governo por aumentos. O movimento começou após Bolsonaro, que tenta a reeleição à presidência em 2022, sinalizar a intenção de reajustar os salários apenas de categorias que fazem parte de sua base de apoio: policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários federais.
Dirigentes de entidades sindicais estiveram reunidos na tarde de sexta-feira com representantes do Ministério da Economia, em Brasília, para discutir a pauta de reivindicações de reajustes salariais. Presente no encontro, o diretor do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), David Lobão, afirmou que, na reunião, foi informado que o governo estaria discutindo um aditivo ao Orçamento de 2022 para conceder aumento aos funcionários públicos.
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