(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

MAIOR FESTIVAL DE DANÇA DO MUNDO

Grupo de dança de Paranavaí embarca hoje para Festival em Joinville 

Aleksa Marques / Da Redação

“Vou morrer sem dançar nesse palco? Não mais”, disse Adriana Felippe Peres, dançarina e coreógrafa do grupo Maria Teresa. Ela faz parte das 28 mulheres que embarcam hoje à noite para a capital nacional da dança e o motivo é nobre: participar do Festival de Dança de Joinville.

Esse ano o Festival abriu uma nova categoria: 40+, para pessoas entre 40 e 59 anos e Adriana logo reuniu as companheiras de dança para a inscrição. Ela lembra que não bastava se inscrever, elas tiveram que enviar um vídeo e passar por uma pré-seleção e, entre milhares de grupos, o delas foi escolhido. 

“É a realização de um sonho meu e também das meninas, pois todas trabalhamos, temos marido, filhos e ainda sim arrumamos tempo à noite e aos finais de semana para ensaiar. Estou muito orgulhosa de todas nós e me dei o direito de sentir orgulho de mim também”, falou Adriana que dança há quase 30 anos. 

Ela conta que foi um enorme desafio para todas e que, às vezes, tinha que chamar a atenção da turma. Maria Alice Pereira, uma das dançarinas, tem 61 anos, pois o regulamento permite um certo número de integrantes com mais de 60, e está igualmente ansiosa, empenhada e extremamente emocionada, pois irá dançar no mesmo palco que um dia seu filho, Rafael Pereira de Oliveira, dançou. Hoje, ele está na Alemanha e também foi bailarino do Bolshoi. Um orgulho imenso. 

“Temos um grupo no Whatsapp e estamos a todo momento enviando fotos da mala pronta. Com certeza viveremos momentos inesquecíveis nesses três dias que passaremos lá. Independentemente do resultado, já somos vencedoras. O Festival é para nós como a Copa do Mundo é para o futebol”, comparou. No ônibus vão junto alguns familiares que acompanharam e apoiaram os ensaios, o cabeleireiro e maquiador do time. 

A dança como agente transformador

Adriana contou que todas as mulheres do grupo começaram a dançar após os 30 e que a dança mudou a vida de muitas delas. “Após uma certa idade, temos um domínio maior sobre o nosso corpo e a dança nos deixa mais segura. E se a autoestima está melhor, tudo fica melhor”, explicou. 

Algumas pararam de tomar remédio, outras se sentiram mais poderosas, outras ainda conseguiram mudar a forma de agir dentro do casamento, tornando-se mais confiantes com o próprio marido e com elas mesmas. 

E o Festival vem para coroar os anos de persistência e amor próprio. Na próxima quinta-feira (21), a partir das 15h30, as 28 representantes de Paranavaí subirão no palco para mostrar a coreografia aprendida, a emoção em suas veias e a paixão pela dança. Quem quiser assistir, pode acompanhar ao vivo pelo site do próprio festival clicando aqui.

O nome da coreografia é “Dancing Days”, inspirada na música das Frenéticas, clássico dos anos de 1970, que perdura até hoje, com direção de Maria Tereza e coreografia da Adriana Felippe Peres. Para adequar a dança ao número de pessoas, a Unespar cedeu o palco para que as meninas pudessem ensaiar. “Fizemos todo o possível e demos o nosso melhor”, finaliza. 

Festival de Dança de Joinville 

Após dois anos sem acontecer por conta da pandemia, o evento que reúne pessoas do mundo inteiro irá receber 9.397 inscritos, 1.462 coreografias nas mais diversas categorias e mais de 270 mil espectadores entre os dias 19 a 30 de julho. É, segundo o Guinness Book, o maior festival de dança do mundo entre número de bailarinos e espectadores. Além de espetáculos, o evento inclui cursos e oficinas para aperfeiçoamento profissional, workshops gratuitos para os coreógrafos inscritos no evento, seminários de dança, entre outros. 

Compartilhe: