REINALDO SILVA – reinaldo@diariodonoroeste.com.br
O grupo Unidos pela PR-218 de Paranavaí a Graciosa protocolou na Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seil) uma série de reivindicações para melhorias na rodovia. Entre as medidas apontadas como urgentes estão o alargamento da ponte sobre o Rio Paranavaí e a correção imediata da chamada curva da morte.
O documento foi entregue esta semana e a expectativa do grupo é de que a resposta seja disponibilizada até abril.
Diretor da Associação dos Advogados do Noroeste do Paraná (Advog) e da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar), Edilson Avelar explica que as duas entidades e a Comunidade da Região Distrital de Graciosa conseguiram recursos para elaborar o levantamento topográfico. Os resultados foram apresentados a uma empresa, que orçou a confecção do projeto em mais de R$ 300 mil.
Em razão da inviabilidade econômica, o grupo Unidos pela PR-218 recorreu à Seil, que poderá utilizar a estrutura do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para seguir com os estudos técnicos.
Além do alargamento da ponte e da redução do raio da curva da morte, constam da lista de reivindicações a construção de uma rotatória fechada e a implantação de pista dupla.
“Nesta primeira fase, serão utilizados os recursos da venda da Copel, uma vez que a obra consta no PPA (Plano Plurianual) 2024-2027, incluída também a pedido das lideranças”, diz Avelar.
Para a etapa seguinte, o grupo pede a continuação da Avenida Deputado Heitor Alencar Furtado até o trevo que dá acesso a uma farinheira, a construção de uma ciclovia, a implantação de terceiras faixas, o acesso a estradas vicinais e a construção de um portal na entrada do Distrito de Graciosa e de um ponto de parada de turismo gastronômico, entre outros tópicos.
O diretor da Advog e da Socipar apresentou números compilados pela Polícia Rodoviária Estadual do Paraná, segundo os quais a curva da morte foi cenário para 180 acidentes ao longo dos últimos anos. 204 pessoas ficaram feridas e 19 morreram. Avelar acrescenta: “Muitos feridos morreram nos hospitais ou em consequência [do acidente], daí o número de vítimas fatais deve passar de 35”.
A Socipar também faz menção às dezenas de indústrias que cresceram perto da PR-218 “e sofrem com as más condições do traçado da estrada, querem crescer, mas o tráfego no local é modesto e perigoso. Poderiam gerar mais empregos e renda e ficam impedidas”.
A estimativa de Avelar é que a região distrital formada por Graciosa, Mandiocaba, Piracema e Quatro Marcos represente 30% do Produto Interno Bruto (PIB) de Paranavaí, “por isso merece máxima atenção e segurança para o desenvolvimento”.