Aleksa Marques / Da Redação
Irritação nos olhos, coceiras constantes, espirros. Sintomas de quem tem alergia ao pólen que é uma proteína vegetal altamente disseminada na primavera, onde os ventos são mais constantes e levam os minúsculos grãos para longe, incluindo nossas casas. Quem repara somente na beleza das árvores floridas pela cidade, não imagina o sofrimento de algumas pessoas durante os meses da primavera.
Segundo Patrícia Cerveira, médica alergista e imunologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia, quem já tem predisposição à alergias sofre muito mais. Ela diz que muitas pessoas são alérgicas ao pólen e podem não saber, mas sempre sentem incômodos durante a estação das flores. O processo alérgico pode ocorrer de várias formas entre elas asma, rinite, conjuntivite alérgica, irritação nos olhos, coceiras e doenças respiratórias como um todo.
A médica indica o tratamento preventivo para quem sabe que é alérgico. Usar medicamentos um mês antes da primavera é uma das sugestões. Manter janelas e portas fechadas, não deixar plantas dentro de casa e manter a grama sempre cortada são maneiras de amenizar o contato com o pólen, mas é impossível ficar totalmente protegido.
A utilização de máscaras descartáveis pode ser uma solução para quem sofre com os sintomas. Outra sugestão da médica é o tratamento de imunoterapia a longo prazo feito com uma vacina específica para uma melhor qualidade de vida.
Para quem já tem uma sinusite crônica, por exemplo, a imunologista alerta uma piora gradativa ao longo da estação. “Em algumas regiões com bastante pólen existe a ‘febre do feno’. Uma alergia grave que ocasiona febre e comprometimento das vias respiratórias. É mais comum nos Estados Unidos, mas pode acontecer em algumas regiões ao sul do Brasil”, explicou.
A médica lembra ainda que cada tipo de alergia requer um tratamento diferente e específico. Por isso a importância de procurar um profissional qualificado para identificar o problema individualmente e indicar o tratamento ideal.