Reinaugurado com investimentos de 2 milhões de reais, hospital amplia a capacidade de atendimento e moderniza suas instalações, contribuindo para a melhoria da saúde pública local e regional
Cibele Chacon – da redação
A reinauguração do Hospital Municipal Cristo Redentor, de Terra Rica, realizada nesta segunda-feira (23), marcou um importante avanço para a saúde da cidade e da região. Com investimentos de 2 milhões de reais, a reforma incluiu a modernização da infraestrutura e a ampliação da capacidade de atendimento, garantindo mais qualidade e segurança para a população e para os profissionais de saúde.
Desde que a gestão assumiu em 2017, a unidade hospitalar passou por um processo de revitalização que envolveu a troca da rede elétrica, a adequação dos banheiros e a renovação da rede de esgoto. A secretária de Saúde de Terra Rica, Leia Silvia De Mello Scala Menoti, relembra que a situação do hospital era alarmante. “Quando a gente assumiu, em 2017, era um estado de calamidade de verdade. A gente colocou isso para o Ministério Público e para a 14ª Regional. Nos últimos quatro anos, fizemos a reforma de toda a rede elétrica, trocamos todos os pisos e modificamos todos os banheiros”, detalhou.
A unidade, que antes contava com 29 leitos, agora dispõe de 33, com adequações para melhor atender a população. Uma das grandes melhorias foi a reforma das salas de estabilização, que se tornaram referência em urgência e emergência na 14ª Regional. Leia ressaltou ainda a ampliação da equipe médica e a capacitação dos profissionais para atender emergências, especialmente em casos de risco cardíaco, uma realidade frequente na região. “Hoje nós temos uma estrutura que oferece condições adequadas para os profissionais e para os pacientes. Nossa equipe está treinada em urgência e emergência, com médicos que precisam ter o ACLS (Advanced Cardiovascular Life Support), pois atendemos uma grande quantidade de pacientes com risco cardíaco”, explicou.
Embora o hospital ainda seja considerado de pequeno porte e as especialidades sejam encaminhadas para outras unidades, o atendimento de obstetrícia foi mantido e está previsto para retornar com força total em 2024. “A gente pretende agora, a partir de janeiro, já começar com as cirurgias de pequeno porte e voltar às obstetrícias”, afirmou a secretária. Leia também destacou que, com a ampliação da capacidade de atendimento, o hospital conseguirá atender não apenas os moradores de Terra Rica, mas também de municípios vizinhos, contribuindo para uma melhoria no atendimento da saúde pública regional.
O prefeito de Terra Rica, Júlio Leite, enfatizou que a reinauguração do hospital é um marco para a cidade, principalmente após anos de dificuldades estruturais que quase levaram ao fechamento da unidade. “Nós já vivemos momentos muito difíceis com o hospital. Inclusive, corria risco de ser fechado. Ele era insalubre, não tinha licença, e a gente vem trabalhando ao longo dos anos para garantir as obras necessárias”, comentou o prefeito. Ele acrescentou que a obra, além de modernizar o prédio, também visa garantir a qualidade de vida da população e a segurança dos colaboradores. “Essa obra vem para dar mais qualidade de vida para a nossa população e segurança para os colaboradores que diariamente salvam vidas aqui. Eles precisam de ter a estrutura adequada para fazer esse atendimento”, disse Leite.
O investimento de 2 milhões de reais contemplou, entre outras ações, a troca de pisos, renovação da hidráulica e elétrica, pintura, além da instalação de placas solares no estacionamento do hospital. Segundo o prefeito, a utilização de energia solar trará uma economia significativa para a unidade. “Só a placa solar vai gerar uma economia de 150 mil reais por ano para o hospital”, afirmou. O investimento foi feito com recursos do Governo Estadual, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), e do município.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destacou que a reforma do hospital é parte de um esforço mais amplo do Governo do Estado para melhorar a infraestrutura de saúde nas pequenas cidades, com foco na regionalização. “Estamos trabalhando já praticamente há seis anos, no pilar do SUS, um deles, que é a regionalização em saúde. Ele ficou esquecido ao longo dos 30 anos do SUS. Agora, o governador determinou que fizéssemos investimentos para que os pacientes fiquem perto de casa. Essa reforma vai garantir uma estrutura moderna, preparada para os próximos 30 anos”, afirmou Beto Preto.
O secretário também destacou que o hospital agora se prepara para se tornar um centro de micro regionalização, capaz de atender não só Terra Rica, mas também os municípios vizinhos. “Este hospital tem que ganhar agora os contornos de uma micro regionalização. Ele vai atender os pacientes de Terra Rica, buscar parcerias com os municípios da região e oferecer especialidades que não são feitas em outros lugares”, explicou o secretário. Com a reforma, a expectativa é que o fluxo de pacientes nos hospitais maiores da região diminua, principalmente em razão da ampliação dos serviços de obstetrícia e a realização de cirurgias eletivas. Beto Preto ainda mencionou que, se o hospital conseguir realizar entre 80 e 100 cirurgias por mês, o Governo do Estado estará à disposição para fornecer mais equipamentos, caso necessário.