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IDR-Paraná apresenta cultivares de mandioca, soja e maracujá

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) lançou cinco novas cultivares nesta quarta-feira (9), em solenidade realizada no Show Rural, em Cascavel (Oeste do Estado). São três de soja para cultivo orgânico, direcionadas a produtores interessados no mercado de alimentação saudável, uma nova opção de maracujá-amarelo e outra de mandioca para a indústria.

O diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, enfatizou a importância da pesquisa pública para o atendimento dos pequenos produtores.

“A IPR Paraguainha (mandioca), por exemplo, ganhou a preferência no campo, mas a cultivar não era listada no Registro Nacional de Cultivares do Ministério de Agricultura (Mapa) e, por isso, não podia figurar em projetos de custeio e de seguro agrícola”, explicou. “Atendendo demanda de agricultores, cooperativas e da assistência técnica, o IDR-Paraná providenciou no Mapa o registro da Paraguainha, e agora se encarrega da manutenção de sua genética e do fornecimento de material propagativo de qualidade”.

Não é possível conhecer a origem de uma cultivar dessa espécie. São materiais obtidos por meio de seleções empíricas e aleatórias realizadas ao longo de anos pelos próprios agricultores, sem participação de centros de pesquisa ou programas estruturados de melhoramento genético.

Própria para a obtenção de farinha e de fécula, IPR Paraguainha se destaca pelo bom rendimento de amido no processamento industrial, de acordo com o melhorista Wilmar Ferreira Lima, especialista em melhoramento genético do IDR-Paraná. Ele acrescenta que, no campo, a cultivar é cerca de 30% mais produtiva que as cultivares atualmente disponíveis no mercado.

“Indicada para plantio direto ou convencional, a nova cultivar apresenta resistência moderada às principais doenças que afetam plantios de mandioca. O porte médio das plantas facilita os tratos culturais na lavoura, e a altura de inserção das ramificações — apropriada para o cultivo mecanizado — são outras características positivas do material”, disse.

Pode ser cultivada tanto em solos de alta fertilidade, argilosos, como em terrenos de maior teor de areia. É indicada para plantio em todas as regiões produtoras do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Soja – As cultivares IPR Basalto, IPR Petrovita e IPR Pé-Vermelho, de soja, produzem grãos de sabor delicado e que dispensam tratamento térmico preliminar para uso em preparações culinárias. “Eliminamos as enzimas que dão gosto desagradável e dificultam o consumo da soja na alimentação humana”, explicou Lima, que trabalhou no desenvolvimento também desses materiais.

Resultado de trabalho colaborativo com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal de Viçosa e Gebana Brasil, as novas cultivares se têm elevado potencial produtivo — pode passar de 5 toneladas por hectare — e bom desempenho frente às principais doenças que atingem lavouras de soja.

Maracujá – Primeira cultivar paranaense da espécie, IPR Luz da Manhã foi idealizada com o objetivo de aumentar a competitividade, fortalecer a indústria regional de processamento e, ainda, contribuir para o aumento da renda e da qualidade de vida no meio rural paranaense.

“A cultivar se destaca pela qualidade superior e dupla possibilidade de destinação do produto colhido. A produção pode ser tanto destinada ao mercado de frutas frescas como para a indústria de polpa congelada”, afirmou a pesquisadora Neusa Maria Colauto Stenzel, que trabalhou no desenvolvimento da cultivar.

Resultado de estudos realizados a partir de oito linhagens, IPR Luz da Manhã pode render até 30 toneladas por hectare, às quais é possível somar outras 50 toneladas se o produtor optar por um segundo ciclo de produção — essa última opção é recomendada apenas para zonas livres do vírus do endurecimento dos frutos, o CABMV.

O vírus é transmitido por pulgões e foi detectado pela primeira vez no Paraná em 2014. A doença tem alto poder destrutivo, deixando os frutos duros, pequenos e impróprios para comercialização, deformando as folhas, reduzindo o crescimento das plantas e diminuindo a vida útil do pomar.

Para enfrentar a doença e preservar a produção paranaense, o IDR-Paraná vem recomendando a condução de apenas um ciclo, com plantio de mudas altas até meados de setembro e colheita entre os meses de dezembro até o começo de agosto, dependendo da região. Nesse modelo de produção, todas as plantas devem ser eliminadas para um período de vazio sanitário antes de um novo plantio.

A cultivar Luz da Manhã é indicada para regiões mais quentes e com pequena possibilidade de geadas.

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