IPR Paraguainha é a cultivar de mandioca que o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) vai apresentar oficialmente ao público no Show Rural no dia 9 de fevereiro, em evento dirigido a produtores, técnicos, dirigentes e lideranças do agronegócio.
Própria para a obtenção de farinha e de fécula, IPR Paraguainha se destaca pelo bom rendimento de amido no processamento industrial, aponta o engenheiro agrônomo Wilmar Ferreira Lima, especialista em melhoramento genético do órgão. Ele conta ainda que a coloração da casca, marrom-clara, é outro diferencial. “As indústrias de processamento recebem suas raízes sem problema”, afirma.
No campo, a IPR Paraguainha se destaca pela produtividade. “Em alguns casos, é mais de 30% superior às cultivares disponíveis no mercado e utilizadas pelos produtores”, diz Lima. O porte médio das plantas facilita os tratos culturais na lavoura, e a altura de inserção das ramificações (apropriada para o cultivo mecanizado) são outras características positivas do material.
Indicada para plantio direto ou convencional, a nova cultivar apresenta resistência moderada às principais doenças que afetam plantios de mandioca.
A IPR Paraguainha pode ser cultivada tanto em solos de alta fertilidade, argilosos, como em terrenos com maior teor de areia. É indicada para plantio em todas as regiões produtoras do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Sem origem – Paraguainha é uma cultivar sem origem. Materiais assim são obtidos por meio de seleções empíricas e aleatórias realizadas ao longo de anos pelos próprios agricultores, sem participação de centros de pesquisa ou programas estruturados de melhoramento genético.
Por suas qualidades agronômicas, a Paraguainha ganhou a preferência de produtores no Oeste do Paraná e vem se expandindo pelas regiões produtoras do Paraná. Mas não podia figurar em projetos de custeio e de seguro agrícola porque não constava no Registro Nacional de Cultivares (RNC) do Ministério de Agricultura e Abastecimento.
Por isso, o IDR-Paraná atendeu demanda da Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Paraná (Atimop), produtores, cooperativas e profissionais da assistência técnica e registrou a cultivar no Ministério como instituição mantenedora, ou seja, a entidade encarregada de preservar as características genéticas e garantir o fornecimento de material propagativo ao setor produtivo.
Para mais informações e material propagativo de IPR Paraguainha, interessados devem entrar em contato com o IDR-Paraná, telefones (43) 3376-2149, (44) 3423-1157 e mensagens para pololondrina@idr.pr.gov.br e poloparanavai@idr.pr.gov.br.