Na tarde desta terça-feira, agricultores se reuniram no polo regional de pesquisa do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná em Paranavaí para um dia de campo sobre a fruta
REINALDO SILVA
Da Redação
A produção de maracujá é uma alternativa viável para os agricultores do Noroeste e tem grande potencial de crescimento. É o que defende o gerente regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) de Paranavaí, José Jaime de Lima, que aposta na fruticultura orgânica como possibilidade sustentável para promover o desenvolvimento.
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Nesta terça-feira (20), Lima e a equipe do IDR-PR receberam produtores rurais de toda a região para atividades de campo, com foco voltado para a produção de maracujá. Os participantes se dividiram em grupos e assistiram a diferentes palestras, realizadas dentro do convênio chamado de Vitórias, uma parceria entre a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (Fapeagro), o governo do estado e a Itaipu Binacional.

Foto: Ivan Fuquini
A proposta do convênio é promover vitrines tecnológicas para apresentar modelos de agricultura de transição orgânica, caso do maracujá luz da manhã, variedade desenvolvida na Estação de Pesquisa e Inovação de Paranavaí do IDR-PR.
O coordenador do polo de pesquisa Mateus Carvalho Basílio de Azevedo explicou que o melhoramento genético e a aplicação de técnicas adequadas de plantio, cultivo e colheita garantiram resultados interessantes, alcançados graças à soma de pesquisa científica e conhecimento prático.

Foto: Ivan Fuquini
Além de expor as novas tecnologias de produção e, assim, divulgar o trabalho do IDR-PR, a vitrine desta terça-feira foi oportunidade para incentivar a adesão à cultura do maracujá. Os produtores conheceram os processos utilizados desde o início das pesquisas até a colheita e puderam tirar dúvidas. “Estamos trazendo o que existe de mais avançado na produção orgânica”, disse Azevedo.
De acordo com o gerente regional do IDR-PR, ampliar a produção de maracujá tornaria a região atrativa para agroindústrias do setor. Atualmente, a matéria-prima vem de outros centros, o que aumenta os custos de transformação da fruta em polpa ou em suco, por exemplo.
Os produtores também podem aderir a iniciativas governamentais de incentivo às culturas orgânicas. Uma possibilidade é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que garante a alimentação escolar aos alunos de toda a educação básica pública e filantrópica. Outro destaque feito por Lima é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra da agricultura familiar para destinar a pessoas em situação de insegurança alimentar.

Foto: Ivan Fuquini

Foto: Ivan Fuquini
Assistência – O sucesso dos agricultores depende de planejamento. Qual área será destinada ao plantio? Como será a colheita? Qual mercado pretende alcançar? Para todos esses questionamentos, o IDR-PR dispõe de equipe preparada para atender os produtores.
O ideal é que busquem assistência técnica antes de iniciar atividade, para que todas as etapas sejam seguidas de maneira eficiente e garantam os resultados esperados. “Temos condições de dar esse auxílio no início do projeto”, assegurou o gerente regional do IDR-PR.
Palestrantes – As palestras da tarde de campo em Paranavaí foram conduzidas pelos engenheiros agrônomos Eduardo Augustinho dos Santos e Clandio Medeiros da Silva, ambos do IDR-PR, e Maria Helena da Cruz Biff, da empresa BMM Planejamento e Treinamento Agropecuária.