Próxima etapa será licitar a elaboração do anteprojeto de engenharia, cujos detalhes serão listados quando da divulgação do edital
REINALDO SILVA
Da Redação
O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a construção da ponte ligando Paraná e Mato Grosso do Sul está em fase final, mas, mesmo antes da conclusão, é possível antecipar o resultado: os indicadores são favoráveis em todas as alternativas avaliadas.
De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), o próximo passo será definir a empresa responsável por desenvolver o anteprojeto de engenharia, cujos detalhes serão divulgados quando da divulgação do edital de licitação.
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Para a etapa seguinte, o DER-PR pretende promover uma contratação integrada, ou seja, incluir na mesma empreitada a elaboração do projeto executivo de engenharia e a execução da obra.
Por enquanto, informou o DER-PR ao Diário do Noroeste, “não é possível estipular uma data de início [da construção], uma vez que todas as contratações dependem de processo licitatório, visando garantir total transparência do processo e o uso mais vantajoso dos recursos públicos”.
A previsão de investimento na obra é de R$ 1,37 bilhão, contemplando a instalação de pavimento rígido de concreto. Após a assinatura da ordem de serviço, a expectativa é que a ponte ligando os dois estados sobre o Rio Paraná esteja pronta em 48 meses.

Foto: Sérgio Carvalho
EVTEA – O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental custou quase R$ 3 milhões, valor custeado pela Itaipu Binacional, após convênio firmado entre a hidrelétrica e os governos paranaense e sul-mato-grossense em 2022.
As análises começaram no ano seguinte, 2023, e levaram em conta as vantagens, as desvantagens, o impulso no desenvolvimento socioeconômico da região e os possíveis impactos ambientais, além das técnicas de engenharia a serem aplicadas para verificar de fato a viabilidade da obra.
Ponte – A travessia rodoviária entre os dois estados deverá ter aproximadamente dois quilômetros de extensão. Será um importante ponto de ligação entre as regiões Sul e Centro-Oeste, criando um novo corredor logístico entre Paraná e Mato Grosso do Sul, maiores produtores agropecuários do país.
A ponte reduzirá distâncias para o escoamento de grãos produzidos no Centro-Oeste até o Porto de Paranaguá. Atualmente o trajeto requer passagem por rodovias de São Paulo. A economia será superior à marca de 100 quilômetros.
No lado paranaense, a proposta também prevê a restauração de 19,8 quilômetros da PR-577, incluindo a construção de um contorno em Porto São José, Distrito de São Pedro do Paraná. Já no perímetro sul-mato-grossense, serão implantados 30 quilômetros da rodovia MS-473, além de um viaduto de acesso no município de Taquarussu.