A indústria brasileira de alimentos e bebidas é a maior do País e representa 10,6% do PIB brasileiro gerando 1,72 milhão de empregos formais e diretos, segundo dados da ABIA (Associação Brasileira da Indústria Alimentícia). Em 2021, a indústria brasileira de alimentos fechou o ano com faturamento de R$ 922,6 bilhões, resultado 16,9% superior ao registrado em 2020. O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, levando seus alimentos para 190 países.
Segundo o levantamento “Monitoramento dos índices de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo no Brasil”, do PICPlast em parceria com a MaxiQuim, a indústria alimentícia consumiu em 2021 (dados mais recentes) 46 mil toneladas de resinas plásticas pós-consumo (recicladas). Além disso, a indústria de bebidas consumiu no mesmo período 105 mil toneladas de plástico reciclados. As principais aplicações são embalagens laminadas, frascos e garrafas, que utilizam o PET como matéria-prima. Vale destacar que na indústria de resinas recicladas, apenas o PET tem regulação válida da ANVISA para contato com alimentos e bebidas.
De acordo com Mariana Cardoso, integrante do comitê técnico do PICPlast, este é um setor que produz com qualidade, segurança, sustentabilidade, e que investe constantemente em inovação e tecnologia para atender ao crescimento da população mundial e aos diversos estilos de vida. Tais investimentos também estão presentes nas embalagens que acondicionam os produtos e que são essenciais para garantir o melhor armazenamento e segurança sanitária aos alimentos.
“O plástico é considerado um material de grande importância para o setor da alimentação. Ele contribui para a proteção e preservação dos alimentos perecíveis, sem que o sabor e a qualidade sofram interferências, evitando-se assim o desperdício. Outro benefício dos plásticos para os alimentos tem relação com a segurança e o tempo de exposição nas prateleiras de estabelecimentos comerciais. Por conferir impermeabilidade, evita contaminação e consequentemente garante mais segurança”, explica Mariana
Embalagens Plásticas e sua importância – O uso das embalagens é extremamente importante para a indústria alimentícia para que se evite o desperdício. Mas na produção de alimentos o material também tem uma importância para evitar perdas. Na engenharia alimentícia os plásticos contribuem para a proteção e preservação dos alimentos, já que o contato não prejudica o sabor ou a qualidade do produto.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), na América Latina e Caribe cerca de 11,6% dos alimentos são perdidos, o equivalente a 220 milhões de toneladas por ano. Além disso, no mundo 14% dos alimentos são perdidos após a colheita até o varejo e 17% são desperdiçados no varejo e nas residências.
Combinando essas vantagens com um custo mais acessível – relativamente àquelas feitas com outros materiais, embalagens plásticas para alimentos proporcionam as seguintes vantagens:
- Vida útil – oferecem excelente proteção contra fatores ambientais potencialmente agressivos para os alimentos, como umidade, microrganismos, oxidação, prolongando sua vida útil e seu tempo de prateleira.
- Praticidade e conveniência – podem ser projetadas de modo a atender às necessidades específicas de diferentes produtos alimentícios, e de seus consumidores, em itens como portabilidade, possibilidade de congelamento e de preparo, dosagem da aplicação, conveniência no uso.
- Acesso aos alimentos – reduz o custo não apenas das embalagens, mas também o do processo logístico e do transporte. Com isso, ele amplia enormemente o acesso aos produtos alimentícios.