É o segundo mês consecutivo de resultado favorável no quesito trabalho formal. Na conta entre admissões e desligamentos, o município alcançou a marca de 117
REINALDO SILVA
Da Redação
O setor industrial foi o maior gerador de empregos em Paranavaí em maio. É o que mostra o relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado nesta segunda-feira (30 de junho). Com o desempenho favorável da indústria e de outros setores da economia, o município fechou o quinto mês do ano com mais admissões que demissões, alcançando saldo positivo de 117.
Em maio, as contratações com carteira assinada em Paranavaí totalizaram 1.147 contra 1.030 desligamentos, elevando a quantidade de trabalhadores formais em atividade para 24.102. Em abril eram 23.985; em março, 23.906. Apesar do crescimento, o número encolheu na comparação com maio do ano passado, quando o total de empregados era de 24.513.
Esse foi o segundo mês consecutivo em que Paranavaí incorporou mais mão-de-obra formal do que demitiu. Em abril, o Caged havia apontado saldo de 79. Anteriormente, em março, houve 79 desligamentos a mais do que contratações. Em fevereiro, o saldo foi positivo, 273. Em janeiro, -129. Mesmo diante das oscilações, o acumulado de 2025 é de 261 novas admissões.
A indústria foi responsável por gerar 53 novos postos de trabalho em maio deste ano. Na sequência, aparecem o setor de serviços (43), o comércio (20) e a construção civil (9). O único segmento com resultado abaixo de zero no mês foi a agropecuária, -8.

Foto: Arquivo DN
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Carlos Henrique Scarabelli, avaliou: “O que a gente está assistindo neste ano, como vem ocorrendo no Paraná de forma geral, é o pleno emprego”. Ele citou o volume de vagas cadastradas na Agência do Trabalhador de Paranavaí, que terminou a segunda-feira com 399 inscrições, mas, só para citar dois exemplos, já teve 492 registros em 6 de maio e 499 em 22 de abril deste ano.
“Estamos entusiasmados”, disse o secretário municipal. “Até o final do ano, Paranavaí deve ter saldo positivo na geração de emprego. É provável que a gente consiga ultrapassar o estoque de 25 mil.” O termo estoque é utilizado nesse contexto para se referir ao total de vínculos empregatícios ativos.
A meta não é impossível, mas é preciso vencer alguns obstáculos. De acordo com Scarabelli, as empresas têm dificuldades para compor o quadro de funcionários, e uma das explicações pode estar relacionada a características sociais e comportamentais. “As novas gerações têm afinidade maior com tecnologias e confortos. Empresas que usam trabalho braçal têm mais dificuldades [para contratar].”

Foto: Arquivo DN
É preciso se adaptar. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo sugeriu às empresas que incorporem as novas condições de mercado e busquem automatizações e modernizações. Essa transformação poderia atrair os jovens. “Devem melhorar as condições de trabalho e o parque de máquinas.”
No campo do poder público, Scarabelli informou que a administração municipal trabalha na elaboração do projeto Escola do Futuro, com cursos técnicos relacionados a profissões consideradas do futuro, como programação e produção audiovisual.
No Estado
O Paraná foi o terceiro estado que mais gerou empregos no Brasil entre janeiro e maio de 2025, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta segunda-feira (30). No período, foram registrados 84.882 novos postos formais de trabalho, saldo de 921.638 admissões e de 836.756 desligamentos realizados ao longo dos cinco primeiros meses do ano.
O saldo positivo de empregos registrado pelo Paraná só é menor do que o resultado de São Paulo, com 309.759 vagas criadas, e Minas Gerais, com 124.272 novos postos, que são os dois estados mais populosos do País. Após o Paraná, os estados com mais empregos criados foram Rio Grande do Sul (73.861), Santa Catarina (73.769) e Bahia (59.319).
Somente no mês maio, o saldo de novas vagas no Paraná foi de 6.866. Com isso, o Estado chegou a 3.304.061 pessoas empregadas com carteira assinada, segundo os dados do Caged. O número é o maior já registrado pelo Paraná em toda a série histórica, iniciada em 2020.