A inflação oficial medida pelo IPCA e divulgada nesta quinta-feira (10) registrou alta de 0,24% em junho. O destaque do mês foi a deflação no grupo de alimentação e bebidas, no qual estão os principais insumos de bares e restaurantes, com queda de -0,18%.
A alimentação fora do lar apresentou alta de 0,46%, com contribuição de itens como o cafezinho (2,29%) e o lanche (0,58%). A alta representa uma recomposição nos preços dos cardápios de bares e restaurantes, que enfrentaram forte pressão de custos ao longo do ano passado. Em 2024, a inflação incidente sobre a categoria de alimentos e bebidas foi de 7,69%, enquanto a inflação em bares e restaurantes ficou em 6,29%.
No entanto, segundo pesquisa da Abrasel divulgada em junho, 35% das empresas ainda não conseguem repassar a inflação aos preços dos cardápios, o que indica uma defasagem ainda presente, mas em processo de correção.
“Essa desaceleração nos preços dos alimentos é uma boa notícia para o setor. Ela abre espaço para que os empresários recomponham suas margens, que foram muito comprimidas no ano passado. É um fôlego necessário para manter a sustentabilidade dos negócios”, avalia o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.
Inflação sobre a energia – O aumento da energia elétrica tem sido consistente neste ano, com 6,93% no acumulado no primeiro semestre de 2025. Para buscar um alívio nas contas, estabelecimentos que têm acesso ao gás encanado encontram estabilidade nesta alternativa, com variação de apenas 0,03% neste ano e 0,19% nos últimos 12 meses.