O trabalho de combate ao furto de energia elétrica realizado pela Copel detectou 14,5 mil casos de irregularidades e desvios na medição do consumo, ao longo de 2021. As autuações realizadas pela empresa possibilitaram a recuperação de R$ 29 milhões, evitando prejuízos à grande parcela de consumidores que mantêm suas contas regularmente em dia. Outros R$ 9 milhões estão em processo de cobrança.
A fiscalização é feita cotidianamente por equipes dedicadas a detectar fraudes na medição de energia. Elas usam análise de dados para direcionar o alvo do trabalho, combinada com a observação técnica em campo e o uso de ferramentas que conseguem indicar interferências, mesmo quando estão camufladas.
Energia recuperada – No ano passado, foram feitas quase 74 mil inspeções desse tipo em todo o Paraná, ou seja, uma média de 283 inspeções por dia útil do ano. O montante de energia recuperada foi de 45,5 GWh (gigawatts-hora), o que equivale ao consumo mensal de todas as residências em uma cidade do porte de Londrina.
O trabalho também é direcionado por denúncias anônimas, que podem ser feitas através do telefone 0800 51 00 116 ou nas agências de atendimento da Copel.
O furto de energia elétrica é crime previsto em lei: por desvio na corrente que passa no medidor, tem pena de reclusão de um a quatro anos e multa. Já o “gato” por adulteração do medidor caracteriza estelionato, tem pena de reclusão de um a cinco anos e multa.
Além disso, os valores devidos e o valor de instalação de um novo medidor são cobrados do responsável.
De acordo com a engenheira da Copel Flávia Martinelli Oleinik, além de crime, o furto de energia pode ocasionar incêndios por curto-circuito, avarias em equipamentos e eletrodomésticos e até acidentes graves. “Alertamos, ainda, que o consumidor e a consumidora não se iludam com falsas promessas de redução na conta por meio da instalação de quaisquer equipamentos”, ela acrescenta. “A economia só vem pela escolha de eletrodomésticos mais econômicos e a adoção de hábitos conscientes”.