ADÃO RIBEIRO
Da Redação
Integrantes do programa Alfabetização Melhor Idade, do Instituto Mauricio Gehlen, visitaram o Diário do Noroeste na última terça-feira. Animados, os estudantes conheceram a história do jornal, fizeram perguntas e deixaram uma lição: nunca é tarde para aprender.
As aulas do Melhor Idade são ministradas pela professora Maria Vanilda Zanini. Após 37 anos lecionando na escola regular, Maria Vanilda se aposentou, mas não ficou parada. Resolveu dar a sua contribuição para apresentar o mundo das letras para quem não teve oportunidade de se alfabetizar em outros tempos.
Uniu-se ao Instituto e toda terça-feira atende os “matriculados” que ela chama carinhosamente de “Minha melhor turma”. A professora fala da emoção de ver os alunos aprendendo as primeiras letras, formando palavras, frases e buscando o entendimento para interpretar os textos.
A visita ao DN, em alguma medida, reforçou essa verdade expressada por Maria Vanilda. Os visitantes falaram da importância de aprender a ler. Caso de Marco Thomaz, o aluno mais antigo, há cinco anos frequentando as aulas. Ele fala da importância de saber ler como forma de independência.
Os visitantes aproveitaram para exercitar o senso crítico. Um deles se interessou pela manchete da edição do dia do Diário do Noroeste, que destacava o impasse para a construção de um parque urbano na Vila Operária, onde hoje tem o famosos “Buracão da Vila”, na verdade um depósito de lixo e entulho. “Você acha que vai sair?”, indagou. Moradora na região da Vila, outra colega recordou que a situação se arrasta por mais de três décadas. O jornal assumiu o compromisso de atualizar as informações sempre que houver fato novo.
O grupo de dispostos estudantes foi embora após a visita à gráfica do DN. Levou experiência nova sobre o processo de produção jornalística. Deixou a sabedoria do tempo vivido. Para a equipe, deixou ainda o reforço da lição de que realmente nunca é tarde para apender.